Existência de Deus
Existência de Deus
1. Sua
existência declarada.
Em parte
alguma as Escrituras tratam de provar a existência de Deus mediante provas
formais. Reconhece-se como fato autoevidente e como crença natural do homem. As
Escrituras em parte alguma propõem uma série de provas da existência de Deus
como preliminar à fé; declaram o fato de Deus e chamam o homem a aventurar-se
na fé. "O que se chega a Deus, creia que há Deus", é o ponto inicial
na relação entre o homem e Deus.
A Bíblia, em
verdade, fala de homens que dizem em seus corações que não há Deus, mas esses
são "tolos", isto é, os ímpios praticantes que expulsariam a Deus dos
seus pensamentos porque já o expulsaram das suas vidas. Esses pertencem ao
grande número de ateus praticantes, isto é, esses que procedem e falam como se
não existisse Deus. Seu número ultrapassa em muito o número de ateus teóricos,
isto é, esses que pretendem aderir à crença intelectual que nega a existência
de Deus. Note-se que a declaração " não há Deus" não implica dizer
que Deus não exista, mas sim que Deus não se ocupa com negócios do mundo.
Contando com
a sua ausência, os homens corrompem-se e se comportam de maneira abominável.
(Sal. 14.) : (a Bíblia) não tenta demonstrar a existência de Deus, porque em
todas as partes da Bíblia subentende-se a sua existência. Parece não haver
nenhuma passagem no Antigo Testamento que represente os homens procurando
conhecer a existência de Deus por meio da natureza ou pelos eventos da
providência, embora haja algumas passagens que impliquem que as idéias falsas
sobre a natureza de Deus podem ser corrigidas pelo estudo da natureza e da
vida...
O Antigo
Testamento cogita tão pouco da possibilidade de conhecer a Deus quanto cogita
de provar a sua existência. Por que os homens argumentariam sobre o
conhecimento de Deus quando já estavam persuadidos de que o conheciam, cônscios
de estarem em comunhão com ele, estando seus pensamentos cheios e iluminados
por ele, sabendo que seu Espírito neles movia, e guiava-os em toda a sua
história?
A idéia de
que o homem chega ao conhecimento ou à comunhão com Deus por meio de seus
próprios esforços é totalmente estranha ao Antigo Testamento. Deus fala; ele
aparece; o homem ouve e vê. Deus aproxima-se dos homens; estabelece um concerto
ou relação especial com eles; e dá-lhes mandamentos. Eles o recebem quando ele se aproxima: aceitam a
sua vontade e obedecem aos seus preceitos. Moisés e os profetas em parte alguma
são representados como pensadores refletindo sobre o Invisível,
formando conclusões acerca dele, ou alcançando conceitos elevados da Divindade.
O Invisível manifesta-se-lhes, e eles o conhecem.
Quando um
homem diz: "Eu conheço o presidente", ele não quer dizer: "Eu
sei que o presidente existe," porque isso se subentende na sua declaração.
Da mesma maneira os escritores
bíblicos nos
dizem que conhecem a Deus e essas declarações
significam a
sua existência.
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