O Livros de Daniel
O LIVRO DE DANIEL
B. A data da sua obra (605-534 a.C.)
1. Daniel estava entre os primeiros cativos levados de
Jerusalém para a Babilônia em 605 a.C. e continuou lá durante o período de
setenta anos durante os quais os israelitas estiveram em cativeiro (veja Daniel
1:1,21;10:1; Jeremias 25:11;29:10). 2.
Datas importantes a lembrar: a. 612 a.C. S Queda de Nínive, capital do império
assírio. A Assíria tinha dominado o mundo desde os dias de Tiglate-Pileser em
845 a.C. Nabopalasar subiu ao trono da Babilônia e se rebelou com sucesso
contra os assírios em 625 a.C. Nabucodonosor, seu filho, foi o general que
conduziu o exército babilônio contra Nínive, derrotando-o em 612 a.C. b. 605
a.C. S A batalha de Carquêmis provou a supremacia babilônia. Depois que a
Assíria foi vencida, os egípcios se levantaram e o faraó Neco veio com seu
exército lutar contra os babilônios em Carquêmis. De novo, Nabucodonosor provou
sua astúcia vencendo duramente os egípcios e então perseguiu-os no caminho para
o sul, através de Judá. Em Jerusalém, contudo, ele soube da morte de seu pai
Nabopalasar. Retornou imediatamente à Babilônia
para assumir o trono de seu
pai, mas levou consigo alguns reféns dos judeus. Daniel e seus três amigos
estavam entre os primeiros cativos levados.
Não nos é dito quantos outros foram levados. c. 597 a.C. S

Ezequiel 1:1-3). d. 586
a.C. S Jerusalém caiu e o templo foi destruído. Zedequias tinha sido instalado
como governador em Jerusalém, mas foi fraco e vacilante. Finalmente, onze anos depois,
o exército babilônio devastou totalmente Jerusalém (2 Reis 25:1-7). A maioria
dos judeus que não foram mortos foram levados cativos para a Babilônia.
Jeremias preferiu permanecer atrás com alguns poucos sobreviventes (Jeremias
40-44). e. 536 a.C. S Babilônia cai, e a primeira leva retorna a Jerusalém.
Ciro, o rei persa, envia de volta a primeira leva para
Jerusalém, guiada por Zorobabel (leia os livros de Esdras e Neemias). A
fundação do templo foi lançada em 520 a.C. e completada em 516 a.C. (leia Ageu
e Zacarias). f. 457 a.C. S Uma segunda leva retorna com Esdras. A nação é
reorganizada e a palavra de Deus é lida. g. 444 a.C. S uma terceira leva
retorna com Neemias. O muro é reconstruído em volta de Jerusalém. C. Tema do
Livro de Daniel: “O Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens” (Daniel
2:21; 4:17,25,32,34-35; 5:21). O livro trata do conflito entre o reino de Deus
e os reinos do mundo. Naturalmente, por trás disto está o conflito entre Deus e
as divindades pagãs. Deus prometeu estabelecer seu próprio reino e defender a
causa de seus santos que o serviam naquele reino (Daniel 2:44;7:27). A verdade
desta profecia é comprovada pelo fato que Deus é ainda conhecido em todo o
mundo, mas todas as divindades pagãs dos dias de Daniel foram esquecidas.
3 II. Há Respostas para os Ataques contra sua Autenticidade?
1. Objeção: Os teólogos liberais alegam que o livro
teria que ser escrito cerca de 165 a.C. porque, dizem eles, era impossível
terem sido compostas tão minuciosas predições a respeito dos eventos vindouros.
Daniel revelou a Nabucodonosor a história política envolvendo três impérios
mundiais que sucederam ao império babilônio.
2. Resposta: A prova da inspiração gira em torno deste
argumento central. Se Daniel escrevesse como um historiador ele não seria inspirado,
mas a profecia cumprida é uma das provas mais fortes que os homens simplesmente
não especularam; em vez disso, Deus
revelou coisas antes que elas acontecessem (Isaías 42:9; 44:7). a. Daniel foi
inspirado (2 Timóteo 3:16; 2 Pedro
1:21). b. Ezequiel, um contemporâneo, referiu-se a ele três vezes (Ezequiel
14:14,20; 28:3). c. Jesus confirmou a veracidade de Daniel quando ele o
declarou ser um profeta (Mateus 24:15). B. Os milagres 1.
Objeção:
Os teólogos liberais alegam que os milagres da fornalha ardente
e da cova dos leões estão ao nível dos contos de fadas infantis. 2.
Resposta: Teríamos que jogar fora toda a
Bíblia se cada narrativa de milagre tiver que ser rejeitada. Os milagres são
atos sobrenaturais (João 3:2). Se eles tivessem que ser explicados pela lógica
humana, nada sobre eles faria com que se honre e reverencie o Pai celestial
(veja Juizes 7:2). C. A linguagem 1. Objeção: Os teólogos liberais alegam que o
uso de três palavras gregas em Daniel 3:5 (“harpa”, “saltério” e “cítara”)
prova que foi escrito num tempo posterior, no período grego. Resposta: Estas
palavras são nomes de instrumentos musicais e, como as palavras italianas
“piano” e “viola”, estes instrumentos levaram seus nomes originais para onde
quer que fossem transportados.
2. Objeção:
Os teólogos liberais alegam que o uso de quinze antigas palavras persas
tais como “príncipes” (1:3) e “manjar do rei” (1:5) indicam uma data posterior.
Resposta: O uso
destas palavras somente demonstra que a vida de Daniel tocou não somente a
corte babilônia como também a persa. 3. Objeção: Os teólogos liberais alegam
que dois autores escreveram o livro, baseados no fato que Daniel 2:4 - 7:28
está escrito em aramaico, enquanto o resto está em hebraico. (Eles afirmavam
que era “aramaico tardio” até que os rolos do Mar Morto foram descobertos que
continham partes de Daniel escritas em aramaico do 2º século que não era nada
semelhante ao aramaico de Daniel, provando que era uma composição do 6º
século).
Resposta: O aramaico
era a língua oficial do império babilônio e se tornou língua internacional,
como o inglês é hoje. As línguas semitas hebraica e aramaica têm qualidades
semelhantes às das línguas românicas do francês e do italiano. Mas, assim como
os franceses não entendem os italianos, os hebreus não entendiam o aramaico dos
funcionários assírios e, mais tarde, dos babilônios. Durante o exílio, ocorreu
uma mudança nos hábitos do falar dos judeus. Eles começaram a falar o aramaico,
que finalmente afastou o hebraico e se tornou a língua falada e escrita da
Palestina. a. O fato que o livro de Daniel usa ambas as línguas não prova que é
obra de dois autores diferentes, mas que o único autor usou dois estilos
distintos (capítulos 1-6 e capítulos 7-12). Se estas duas partes também
tivessem sido separadas pelas duas línguas existiria
4 um caso mais forte. Contudo, ì tanto o aramaico como o
hebraico são encontrados em cada parte e, í o aramaico se sobrepõe em ambas as
partes, ligando-as. Portanto, estes fatos servem como uma forte confirmação de
que um só autor seguiu um modelo consistente. b. Não sabemos por que a língua
muda nestes lugares a não ser que ambas as línguas fossem entendidas comumente
pelos judeus nos dias de Daniel. D. Afirmações históricas 1. Objeção: Teólogos
liberais têm contestado muitas afirmações como sendo historicamente inexatas.
2. Resposta: A maioria dos argumentos
que são apresentados atualmente será discutida quando estudarmos o texto.
Contudo, esteja certo de que o arqueólogo fez o máximo para silenciar esta
objeção. Vezes e mais vezes os arqueólogos têm verificado a exatidão das
afirmações de Daniel.
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