Daniel Propôs em seu Coração que Não se Contaminaria,
Daniel Propôs em seu Coração que
Não se Contaminaria,
1:1-21. A. Daniel e três amigos são selecionados para
preparação especial, 1:1-7. 1:1 S O começo do cativeiro de Daniel é dado como
“o terceiro ano” do reinado de Jeoaquim.
Os críticos gostam de se referir a esta passagem como prova
de contradição, porque Jeremias 25:1 diz “o quarto ano de Jeoaquim foi o
primeiro ano de Nabucodonosor”. Porém não ocorre contradição aqui. Jeremias
estava falando do ponto de vista hebreu enquanto Daniel estava falando do ponto
de vista babilônio.
Os babilônios não contavam o ano no qual um homem se tornava
rei enquanto um ano inteiro de reinado não era completado, enquanto os hebreus
consideravam qualquer parte do ano da ascensão como o primeiro ano. Portanto, o
quarto ano hebreu era equivalente ao terceiro ano babilônio. 1:2 S Antes da
invasão de Jerusalém, Nabucodonosor tinha derrotado o Egito em Carquêmis, o que
provou claramente que a Babilônia era o poder dominante (Jeremias 46:2). Ele
perseguiu os egípcios até o sul de Jerusalém onde ele soube da morte de seu
pai. Então retornou à Babilônia para assumir o trono, mas levou consigo alguns
cativos judeus e tesouros do templo para a terra de Sinar, que é a área da
Babilônia também conhecida como Caldéia. “O Senhor lhe entregou nas mãos a
Jeoaquim”. Nabucodonosor não teria sucesso se não fosse permitido por Deus (cf.
Jeremias 27:5-8). Isto dá o tom do tema da profecia de Daniel: “Deus tem
domínio sobre o reino dos homens”.
Não nos é dito quantos cativos foram levados desta vez;
somente que Daniel, Hananias, Misael e Azarias estavam entre eles. Lembramos
esta data (605 a.C.) como o começo do cativeiro de Judá. Nabucodonosor veio
contra Jerusalém mais duas vezes (597 a.C. e 586 a.C.). 1:3-4 S Nabucodonosor
comissionou Aspenaz, chefe de seus servos, para selecionar alguns dos jovens
judeus nobres para serem preparados na sabedoria e cultura dos caldeus. Sabemos
que eram jovens, mas qual exatamente era a idade deles é incerto. Muitos
estudiosos pensam que Daniel tinha entre quatorze e vinte anos. Ele era um
jovem de estatura elegante e inteligente, e agora é selecionado para um papel
honroso no reino de Nabucodonosor.
Estas vantagens tentariam a maioria dos jovens a serem
orgulhosos e arrogantes, mas Daniel nunca esqueceu que seu primeiro dever era
ser um servo de Deus! 1:5 S O rei favoreceu estes jovens com alimento de sua
própria mesa. Durante três anos eles deveriam receber provisões reais e
educação, de modo que pudessem ser preparados para servir no governo de
Nabucodonosor. 1:6-7 S Não somente foram eles iniciados nos costumes
babilônios, mas também lhes foram dados nomes babilônios. Tudo isto
provavelmente era destinado a ajudá-los a esquecer suas fidelidades
judaicas; de fato, os novos nomes
parecem referir-se a deuses babilônios.

B. Daniel se recusa a contaminar-se, 1:8-16. 1:8 S Eles
puderam mudar o nome de Daniel, sua lealdade, não. Eles puderam ensinar-lhe o
“conhecimento” babilônio, sua religião, não.
O assunto de comer da mesa do rei
envolvia sua relação com Deus. Não nos é dito por que isto “contaminaria”
Daniel. Talvez fosse carne que tivesse sido sacrificada aos ídolos e comê-la
teria sido visto como adoração ao ídolo (veja 1 Coríntios 10:28). Ou talvez
fosse comida proibida aos hebreus como imunda (Levítico 11), ou carne que
tivesse sido sangrada inadequadamente (Levítico 17:14). Qualquer que fosse a
razão que a faziam errada, “resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se”.
1:9-10 S Aspenaz, o chefe dos eunucos, gostou de Daniel. Mas sua própria vida
correria perigo se fosse descoberto que ele não tinha executado as ordens do
rei.

A Daniel foi dada a capacidade de entender o
significado dos sonhos e visões. 1:18-19 S Eles foram levados diante do rei
para serem examinados, depois de completados seus três anos de preparação.
Daniel e seus três companheiros hebreus ultrapassaram todos os outros. 1:20-21
S Eles eram “dez vezes” melhores (um esplêndido grau) do que todos os outros
sábios do rei. Foram indicados para a equipe permanente de conselheiros. Daniel
continuou ainda “até ao primeiro ano do rei Ciro”, o que mostra que sobreviveu
em um novo império. Realmente, Daniel 10:1 afirma que ele recebeu uma visão no
terceiro ano de Ciro; assim, isto não
pretende dizer-nos quando ele morreu ou parou de profetizar, mas que seu
trabalho abrangeu todo o período babilônio. Aplicações para os Dias de
Hoje: 1. Daniel 1:8 S A obediência fiel deve partir do
coração do homem. Nenhum dos servos de Deus ficará sem prova. Aqueles com
atitude displicente, que servem só quando convém, cairão na tentação do diabo
(Efésios 6:10-18; Romanos 6:16-18). 2. Daniel 1:17 S Deus opera em seu povo para cumprir seu
propósito. Mesmo no cativeiro babilônio Deus usou seu povo quando preparava uma
parte para a vinda do Messias. Ele abençoou os fiéis com o sucesso. Hoje ele
continua a recompensar aqueles que, com a coragem da convicção, defendam Jesus
Cristo (Marcos 10:29-30; 2 Timóteo
1:12).
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