Classificação dos Anjos
HIERARQUIA E CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOS
A Bíblia
faz menção de anjos bons e anjos maus, embora ressalte que todos os anjos foram
originalmente criados bons e santos (Gn 1.31); tendo livre-arbítrio. Numerosos
anjos participaram da rebelião de Satanás contra Deus (Ez 28.12-17; Jd 6; Ap
12.9; Mt 4.10) e abandonaram o seu estado original de graça, como servos de
Deus, e assim perderam o direito à sua posição celestial.
a) A linguagem, malak
yaweh, é um título singular e peculiar mostrando que esse personagem era
mais do que um anjo.
O Anjo do Senhor
Uma designação especial no Antigo Testamento é “O
ANJO DO SENHOR”. Podemos ler 60 ocorrências no Antigo Testamento, onde sua
aparição e autoridade o classifica de forma especial (Gn 16.11; 16.13; 18.2;
18.13-33; 22.11-18; 24.7; 31.11-13; 32.24-30; Êx.3.2-6; Jz.2.1; 6.11-14;
13.21,22). 4.1.1. Sua identidade
Existem aqueles que acreditam que era simplesmente
um anjo em missão especial representando Jeová
a) Esta identificação fala
de Jesus um anjo, que se assemelha à doutrina mulçumana, mórmon e outras.
b) Jesus tinha um anjo
especial a quem chamava de “Meu anjo”, enviado para “testificar acerca destas
coisas” descrito em Ap 22.16. Então Deus também poderia fazer uso de um anjo
para missões especiais ou comissioná-lo para tal.
c) Em Mateus o anjo que
aparece a Zacarias e Maria é chamado “O Anjo do Senhor’ (Kurios), depois
identificado como Gabriel. “Kurios” é a palavra grega equivalente a Jeová, de
acordo com o dicionário expositivo de Vine. Como “Anjo do Senhor” Gabriel tinha
autoridade de agir e falar pelo Senhor, como já vimos.
d) O Teólogo Hicks observa
que as Escrituras ocasionalmente atribuem as palavras de um anjo a Deus mesmo
quando ele não é um anjo de Jeová. Isso não deveria causar problemas, porque se
um anjo de Jeová é Deus ou o Seu anjo, ainda assim representa Deus intervindo
diretamente na vida dos homens.
Há vários argumentos que afirmam ser uma teofania
da segunda pessoa da Trindade (Cristofania). Dentre eles alistamos:

b) No Antigo Testamento, ele
é consistentemente apresentado como Jeová: O anjo apareceu, mas Deus, ou o
Senhor, falou.
c) As promessas ou
orientações dadas por este ser são tais que somente Deus poderia ter assim
dado.
d) Este anjo, identificado
como Jeová, apesar de tudo é apresentado de forma distinta de Jeová e clama por
Jeová. Portanto, este anjo parece ser uma Cristofania, ou pré-encarnação do
Filho de Deus, Jesus Cristo.
e) Quando o Anjo do Senhor
apareceu a Josué, diz a Palavra do Senhor que ele Josué) “...se prostrou sobre
o seu rosto na terra, e O adorou, e disse-lhE: Que diz meu Senhor ao seu
servo?”(Js 5.1). Se o Anjo do Senhor não fosse o próprio Senhor (o Senhor
Jesus), o anjo (caso fosse simplesmente “um anjo”) teria proibido a Josué de
adorá-lo, como ocorreu em Ap 19.10 e Ap 22.8,9.
f) Em Jz 2.1, o Anjo do
Senhor diz: Do Egito Eu vos fiz subir, e Eu vos trouxe à terra que a vossos
pais Eu tinha jurado, e Eu disse: Eu nunca invalidarei o meu concerto convosco
(o grifo nos pronomes é nosso). Comparada esta passagem com outras que
descrevem o mesmo evento, verifica-se que eram atos do Senhor, o Deus do
concerto israelita. Foi Ele quem jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó que aos seus
descendentes daria a terra de Canaã (Gn 13.14-17; 17.8). Jurou que esse
concerto seria eterno. Ele tirou os israelitas do Egito (Êx 20.1,2) e Ele os
levou à terra prometida (Js 1.1,2).
g) Embora concordemos com o
fato de que existem controvérsias a respeito desta passagem de Jz 13.18,
reputamos a mesma como factual e elucidativa. Quando Manoá, pergunta ao Anjo do
Senhor, o Seu nome, Ele responde: “...porque perguntas assim pelo meu nome,
visto que é maravilhoso”? Uma comparação desta resposta com a passagem de Is
9.6 demonstra que o Anjo do Senhor que apareceu a Manoá é o Menino de quem nos
Isaías se refere. Isto é, o Anjo do Senhor, cujo nome é Maravilhoso.
h) Outra prova
escriturística que apresentamos, é que no contexto neotestamentário, a Bíblia
deixa de utilizar-se do termo “o Anjo do Senhor” como pessoa específica. Isto é
demonstrado pelo fato de que o artigo definido masculino singular “o” deixa de
ser utilizado, sendo substituído pelo artigo indefinido “um”. Alguns exemplos
disto são os textos de Lc 1.11; At 12.7 e At 12.23, dentre muitos outros.
Infelizmente, nem todas as ocorrências no Novo Testamento, na versão ARC, aonde
deveria ocorrer a expressão “um” anjo do Senhor, acontece. Em vez disso, se
encontra o termo “o” anjo do Senhor. Fato que foi corrigido na versão ARA, nos
textos citados e em outros correlatos.
Esta substituição na ARA possui um grande
significado. Pois no contexto do Novo Testamento, contemporâneo ou posterior à
encarnação, as manifestações angelicais não eram do Anjo do Senhor, mas
meramente de um de Seus anjos, pois o Anjo do Senhor já havia sido manifestado
na carne (1Tm 3.16). 4.1.2. Tarefas realizadas
a) Mensagens ao povo do
Senhor (Gn 22.15-18);
b) suprir necessidades do
povo do Senhor (1Rs 19.5-7);
c) proteger o povo de Deus
do perigo (Êx 14.19);
d) ocasionalmente destruir
os inimigos de Jeová (Êx 23.23);
e) punia os rebeldes (2Sm 24.16,17). 4.1.3. Seus
aparecimentos
a) Seu primeiro aparecimento
foi à escrava egípcia, Hagar a fim de lhe socorrer e foi identificado como
sendo “O Anjo do Senhor” (Gn 16.7-12);
b) a pessoa de Abraão (Gn
22.11,15);
c) a Jacó (Gn 31.11-13);
d) a Moisés (Êx 3.2). Ainda
mais explicitamente, o anjo do Senhor que apareceu a Moisés na sarça ardente
disse, em linguagem bem clara: “Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o
Deus de Isaque e o Deus de Jacó” (Êx 3.6);
e) a todos os israelitas
durante o êxodo (Êx 14.19);
f) mais tarde em Boquim (Jz
2.1,4);
g) a Balaão (Nm 22.22-36);
h) a Josué
(Js 5.13-15,
onde o príncipe do exército do SENHOR é mais provavelmente o Anjo do SENHOR); Josué prostrou-se e o adorou (Js 5.14). Esta atitude tem levado muitos a crerem que esse anjo era uma manifestação do próprio Senhor Deus; do contrário, o anjo teria proibido Josué de adorá-lo (Ap 19.10; 22.8,9);
(Js 5.13-15,
onde o príncipe do exército do SENHOR é mais provavelmente o Anjo do SENHOR); Josué prostrou-se e o adorou (Js 5.14). Esta atitude tem levado muitos a crerem que esse anjo era uma manifestação do próprio Senhor Deus; do contrário, o anjo teria proibido Josué de adorá-lo (Ap 19.10; 22.8,9);
i) a Gideão (Jz 6.11); j) a Davi (1Cr 21.16); k) a Elias (2Rs 1.3-4); l) a Daniel (Dn 6.22).
O Arcanjo Miguel
Miguel tem seu correspondente no grego “Michael e
no hebraico mika'el. O nome Miguel é muito expressivo, “quem é como Deus?” Em
que aspecto ele é semelhante a Deus não foi revelado, mas temos três passagens
nas quais ele foi diretamente mencionado e onde vemos que ele tem grande
autoridade. De acordo com Dn 12.1, ele é o “defensor do povo de Daniel -
Israel”. Em Judas 9 ele
teve uma controvérsia com Satanás sobre o corpo de
Moisés; mas nessa situação e apesar de toda a sua grandeza, ele não se atreveu
a “proferir juízo infamatório contra ele”, mas confiando na sua dependência de
Deus, ele declara: “...o Senhor te repreenda”. Miguel se encontra novamente na
predição registrada em Ap 12.7-12. Ele, como chefe dos exércitos do céu,
participa de uma batalha vitoriosa no céu contra Satanás e os seus anjos. Temos
ainda a revelação de que a “voz do arcanjo” será ouvida quando Cristo voltar
para buscar a Igreja (1Ts 4.16).
A tradição sobre a existência de arcanjos não fazia
parte original da fé judaica. Assim, na literatura bíblica, Miguel é
introduzido em Dn 10.13,21 e 12.1 e reaparece no Novo Testamento em Jd 9 e Ap
12.7. Embora algumas literaturas tenham Gabriel como outro Arcanjo (totalizando
sete na literatura apócrifa e pseudepígrafa, onde quatro nomes são revelados:
Miguel, Gabriel, Rafael e Uriel), a Bíblia só revela a existência de um único
Arcanjo, Miguel. Isto é demonstrado pelo fato de que nas duas ocorrências da
palavra grega archangelos, “arcanjo”, 1Ts 4.16 e Jd 9, o termo só
aparece no singular, ligado unicamente ao nome de Miguel, donde se conclui
biblicamente que só exista um anjo assim denominado Arcanjo, ou anjo-chefe, e
que esse Arcanjo chama-se Miguel.
O Miguel que se pode encontrar no Novo Testamento
surge no Antigo Testamento apenas no livro de Daniel, à semelhança de Gabriel,
é um ser celestial. Tem, no entanto, responsabilidade especiais como campeão de
Israel contra o anjo rival dos persas (Dn 10.13,21), e ele comanda os exércitos
celestiais contra todas as forças sobrenaturais do mal na última grande batalha
(Dn 12.1). Na literatura judaica recente, bem como nos apócrifos e
pseudepígrafos, o nome de Miguel é apresentado como guardião militar e
intercessor de Israel.
No Novo Testamento, Miguel aparece apenas em duas
ocasiões. Em Jd 9, há referência a uma disputa entre Miguel e o diabo com
respeito ao corpo de Moisés. Essa passagem é bastante polêmica. Orígenes
acreditava que isto estaria registrado num apócrifo chamado de “Assunção de
Moisés”, mas a história não aparece nos textos existentes, porém incompletos,
desta obra. A literatura rabínica posterior parece ter conhecimento desta
história. O outro texto em
que Miguel aparece, é Ap 12.7, que retoma o tema de Dn 12.1,
apresentando-se Miguel como sendo o vencedor do dragão primordial, identificado
como Satanás.
Gabriel
O vocábulo Gabriel tem sua correspondente no
hebraico “geber El”, e significa “homem de Deus”. Aparece quatro vezes nas
Escrituras como revelador do propósito divino. No Antigo Testamento ele falou a
Daniel sobre o final dos tempos (Dn 8.15-27). Semelhantemente, deu a Daniel a
predição quase incomparável de Dn 9.20-27. O profeta descobriu (Jr 25.11-12)
que o período que Israel tinha de permanecer na Babilônia era de setenta anos e
que esse tempo estava para se completar. Então se entregou à oração pelo seu
povo. A oração, conforme registrada, Gabriel passou com incrível rapidez do
trono de Deus para o profeta que orava na Terra. Foi então que este anjo
revelou o propósito de Jeová quanto ao futuro de Israel. No Novo Testamento
trouxe a Zacarias a mensagem do nascimento João (Lc 1.11-20) e foi ele que veio
com a maior de todas as mensagens à Maria quanto ao nascimento de Cristo e o
Seu ministério como Rei sobre o trono de Davi (Lc 1.26-33). Apresenta-se como
aquele que “assiste diante de Deus” (Lc 1.19).
Querubins
Querubim tem sua correspondente no hebraico
“qeruvim” (Gn 3.22-24; Ez 10.1-3). Vocábulo correlato com um verbo acadiano que
significa “bendizer, louvar, adorar”. Os querubins estão sempre associados com
a santidade de Deus e a adoração que a sua presença imediata inspira. O título
querubim fala de sua posição elevada e santa e sua responsabilidade está
intimamente relacionada com o trono de Deus como defensores de Seu caráter e
presença santa. Proteger a santidade de Deus é uma atividade importante deles.
Os querubins aparecem pela primeira vez junto ao portão do Éden, depois que o homem foi expulso e como protetores para que o homem não retorne poluindo a santa presença de Deus. Aparecem novamente como protetores, embora em imagens de ouro, sobre a arca da aliança, onde Deus se compraziaem habitar. A cortina do
tabernáculo separava a presença divina do povo ímpio, tinha bordados de figuras
de querubins (Êx 26.1). Ezequiel refere-se a estes seres chamando-os pelo seu
título dezenove vezes e a verdade relacionada com eles deriva destas passagens.
Ele os apresenta com quatro rostos diferentes: de um leão, de um boi, de um
homem e a face de uma águia (Ez 1.3-28; 10.1-22). Este simbolismo relaciona-se
imediatamente com as criaturas viventes da visão de João (Ap 4.6-5.14). 4.5.
Os querubins aparecem pela primeira vez junto ao portão do Éden, depois que o homem foi expulso e como protetores para que o homem não retorne poluindo a santa presença de Deus. Aparecem novamente como protetores, embora em imagens de ouro, sobre a arca da aliança, onde Deus se comprazia
Serafins (Is 6.1-3)
A palavra serafins do hebraico “saraph” significa
“ardentes”, “queimadores”, “irradiantes da glória de Deus”, “brilhantes de
Deus”, “incandescidos de Deus”. Declaram a glória incomparável de Deus e a sua
santidade suprema. O título serafins fala de adoração incessante, do seu
ministério de purificação e de sua humildade. Eles aparecem apenas uma vez nas
Escrituras sob esta designação (Is 6.1-3). Sua atribuição tripla de adoração
conforme registrada por Isaías foi repetida por João (Ap 4.8) e sob o título de
criaturas viventes. Alguns estudiosos acreditam que os “seres viventes” (ou
animais, Ap 4.6-9) são sinônimos de serafins e querubins. Todavia, os querubins
em Ezequiel parecem semelhantes, e os “seres viventes” em Apocalipse são
diferentes entre si.
Anjos eleitos
A referência, em 1Tm 5.21, aos “anjos eleitos”,
descortina imediatamente um campo interessante de pesquisa referente ao alcance
que a doutrina da eleição soberana deve ter na relação dos anjos para com o seu
Criador. É preciso aceitar que os anjos foram criados com um propósito e que no
seu reino, assim como o homem, os desígnios do Criador serão executados até o
final. A queda de alguns anjos foi tão antecipada por Deus quanto à queda do
homem. Está também implícito que os anjos passaram por um período de
experiência.
Governadores
Há indicações de que existam organizações entre os
anjos bons. Em Cl 1.16, Paulo fala de tronos, soberanias (domínios),
principados e potestades (poderes) e acrescenta que foram criados por
intermédio dEle e para Ele. Isto parece incluir que ele está se referindo aos
anjos bons. Em Efésios 1.21, a referência parece incluir tanto os anjos bons
quanto maus. Nas outras passagens, essa terminologia se refere definitivamente
apenas aos anjos maus (Rm 8.38; Ef 6.13; Cl 2.15).
a) Tronos (thronoi) se
referem a seres angélicos, cujo lugar é na presença imediata de Deus. Esses
anjos são investidos de poder real que exercem sob Deus;
b) Domínios (gr. kuriotetes)
parecem estar próximos dos thronoi em dignidade;
c) Principados (gr. archai)
parecem se referir a governantes sobre povos e nações distintos. Assim, Miguel
é tido como príncipe de Israel (Dn 10.21; 12.1); assim lemos também a respeito
do príncipe da Pérsia e do príncipe da Grécia (Dn 10.20). Isto é, cada um é um
príncipe em um destes principados;
d) Poderes – potestades (gr.
exousiai) são possivelmente autoridades subordinadas, servindo sob uma das
outras ordens. É verdade que não podemos saber com certeza o significado real
desses termos, mas esses acima parecem ser uma explicação plausível. 4.8.
Anjos especialmente nomeados
Certos anjos só ficaram conhecidos pelo serviço que
prestaram. Destes, temos aqueles que serviram como anjos de juízo (Gn 19.13;
2Sm 24.16; 2Rs 19.35; Ez 9.1,5,7; Sl 78.49). Vejamos:
a) Vigilantes (Dn 4.13,23).
Os “vigias” (aram. irin, correlato com o heb. ur, “estar acordado”) são
mencionados somente em Daniel 4.13,17,23. São os “santos” que promoviam
zelosamente os decretos soberanos de Deus, e demonstravam o senhorio de Deus
sobre Nabucodonosor.
b) Anjo do abismo (Ap 9.11).
“Tinham sobre si rei o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom e em grego Apoliom ” (Ap
9.11). Abadom (ou Apoliom) é identificado, tal como sucede como muitíssimos
outros elementos do Apocalipse, de muitas formas variadas. A seguir damos os
principais pareceres sobre Abadom ou Apoliom: (a) É possível que o
“anjo-estrela” do primeiro versículo (Ap 9.1) esteja aqui em pauta, portanto
ele é quem tem o poder de abrir o abismo; (b) as interpretações “simbólicas”
não vêem aqui qualquer “ser” em particular, mas apenas a manifestação do
“princípio do mal” de várias formas;
(c) tradicionalmente,
Satanás é reputado o “rei do mundo inferior”, a personificação do mal e daquilo
que ele produz neste caso, a “destruição”. Portanto, vários intérpretes supõem
que Satanás está em foco neste passo bíblico;
(d) há precedentes,
entretanto, para supor-se que o “rei do hades e Satanás são personalidades
distintas”. Se o vidente João alude aqui a esse tipo de tradição, então o “rei”
(o “destruidor”) neste caso será um elevado poder maligno, um arcanjo das
trevas, por assim dizer, mas não o próprio Satanás. Não obstante, poderíamos
supor que esse poder maligno está sujeito à autoridade do diabo. Dentre essas
interpretações, a de número quatro (d) é a mais provável.
Aquele que tem autoridade sobre o fogo
“E saiu do Altar outro anjo, que tinha poder sobre
o fogo...”. Esse Anjo é aquele que, cuja missão é conservar o fogo aceso no
altar celeste (Ap 14.18).
O anjo das águas
“E ouvi o anjo das águas que dizia: Justo és tu, ó
Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas” (Ap
16.5). Essa idéia é extraída da noção judaica helenista de que cada elemento da
natureza é controlado pelos anjos. Assim, teríamos os anjos dos quatro ventos,
do calor, da geada, das águas, do fogo, e assim, interminavelmente. O anjo que
aparece neste versículo tem por tarefa guardar os suprimentos de água do globo
terrestre.
Anjos que controlam os ventos

Anjos guardiões
Das nações
“E olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do
trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões e
milhares de milhares” (Ap 5.11). A exemplo de Apocalipse Mateus 26.53, Hebreus
12.22, e Salmos 68.17 indicam que os anjos a serviço de Deus são muito
numerosos. Outras passagens indicam que eles observam os homens, prestando
serviços em prol de nações, comunidades e indivíduos (Hb 1.14; Mt 18.10; Sl
9.1; Dn 10.13; 12.1; Js 5.14). Os trechos bíblicos que dão apoio à doutrina dos
anjos guardiões são Jó 33.23; Dn 10.13; Mt 18.10; Hb 1.14 e Ap 1.20. 4.12.2.
Crença judaica - Uma antiga doutrina judaica ensina
que o anjo guardião tem a semelhança ou aparência daquele a quem guarda, a que
talvez seja refletido em Atos 12.15. Essa idéia pode estar ligada à noção
oriental do eu-superior ou super-eu do indivíduo. Presumivelmente, a alma não é
o elemento superior do indivíduo, mas sim é um instrumento do eu-superior, que
é a verdadeira entidade. Esse super-eu é o homem em sua forma mais elevada, um
poderosíssimo ser espiritual. Nesse caso, o anjo guardião seria o próprio
homem, e a alma seria seu instrumento, tal como o corpo é o instrumento da
alma. Há muitos mistérios, e talvez o que aqui dizemos perscrute um tanto esses
mistérios, sem desvendá-los. Se esse conceito é veraz, então o indivíduo é seu
próprio anjo guardião, ou pelo menos, poderia ser, embora esse anjo exista em
uma outra dimensão de seu próprio ser. Isso não negaria a existência de outros
espíritos elevados, que poderiam interessar-se em nossas vidas e aos quais
poderíamos chamar de “anjos”.
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