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Lobos com Pele de Ovelha – O Engano Dentro da Igreja

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Tema 2: Lobos com Pele de Ovelha O Engano Dentro da Igreja


Texto-base: Mateus 7:15–20
Autor: Francisco Souza

Introdução

Vivemos dias em que o engano já não se apresenta de forma grosseira. Ele se disfarça, se mascara com aparência de piedade e se infiltra dentro da própria igreja. Jesus, com sabedoria eterna, nos alertou sobre os “lobos com pele de ovelha” — homens que se vestem como servos de Deus, mas cujos corações estão tomados pela maldade, ganância e falsidade.

Esses lobos não estão longe. Eles estão no meio do rebanho, sentam nas mesas, sobem aos púlpitos e falam de Deus com naturalidade, mas não pertencem a Ele. Sua aparência engana, mas seus frutos os denunciam. Eles não têm amor pela verdade, mas interesse por posição, poder e influência.

É necessário que o povo de Deus desperte para esta realidade espiritual. Precisamos de discernimento, pois o engano sutil é mais perigoso do que o erro declarado. Vamos, então, olhar para a Palavra e entender o que Jesus nos ensinou sobre esses lobos.


1. A Aparência Enganosa dos Lobos

“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mateus 7:15).

A primeira característica dos lobos é sua aparência. Eles se vestem como ovelhas — ou seja, assumem postura, linguagem, modos e até ministério. Mas por dentro são devoradores. Suas intenções são ocultas, seu coração está cheio de cobiça.

A estratégia do inimigo não é confrontar diretamente a verdade, mas imitá-la. Por isso, os lobos falam como líderes, oram como crentes, pregam como servos — mas o espírito que os move é falso. São agentes do engano, operando dentro da casa de Deus.


2. Os Frutos Revelam a Verdade

“Pelos seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?” (Mateus 7:16).

O verdadeiro teste não está na aparência ou nas palavras, mas nos frutos. Fruto fala de caráter, de vida transformada, de prática diária. Lobos podem ter dons, mas não têm fruto. Podem emocionar, mas não edificam. Podem atrair multidões, mas suas vidas são incoerentes com a santidade de Deus.

Frutos do Espírito — amor, mansidão, domínio próprio, humildade, fidelidade — não podem ser falsificados por muito tempo. Mais cedo ou mais tarde, o caráter se revela. A árvore ruim não pode dar bons frutos.


3. Os Lobos Produzem Confusão e Feridas

“E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade” (2 Pedro 2:2).

Onde há lobo, há confusão. Eles semeiam divisão, exploram a fé dos simples, manipulam emocionalmente e geram escândalos. Por causa deles, muitos se afastam da igreja, desconfiam do evangelho e até perdem a fé.

Os lobos são mestres em disfarce. Falam sobre prosperidade, sucesso, autoajuda e bênçãos, mas não mencionam arrependimento, cruz, santidade, renúncia. Sua mensagem é atrativa, mas não transforma. Seu foco é agradar, e não confrontar o pecado.


4. O Julgamento dos Lobos é Certeza

“Toda árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada no fogo” (Mateus 7:19).

Jesus foi claro: haverá juízo. O lobo pode enganar por um tempo, mas não engana a Deus. No tempo certo, será cortado e lançado fora. Deus zela por Sua igreja e não deixará impunes os que causam tropeço ao Seu povo.

A justiça divina é certeira. Aqueles que usam o nome do Senhor para benefício próprio, que distorcem a verdade, que exploram os simples, terão de prestar contas diante do justo Juiz.


5. A Resposta da Igreja: Vigilância e Santidade

“Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pedro 5:8).

A igreja não pode ser ingênua. É tempo de vigilância, de conhecimento da Palavra, de oração e discernimento. Não se pode confiar em qualquer voz, qualquer pregação, qualquer profeta. É necessário provar os espíritos, como ensina 1 João 4:1.

A resposta ao lobo não é medo, mas santidade. A intimidade com Jesus, o amor pela verdade e a vida cheia do Espírito são as maiores defesas contra o engano.




Conclusão

Lobos estão entre nós, mas não precisamos temer. O Bom Pastor está conosco. Ele conhece Suas ovelhas e as guarda do mal. O rebanho que conhece a voz do Pastor não será enganado.

Sejamos ovelhas sensíveis à voz do Senhor, firmes na doutrina apostólica, apaixonadas pela verdade. Que nenhum lobo nos seduza, mas que estejamos prontos a resistir, discernir e permanecer fiéis até o fim.

“Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo” (Mateus 24:13).

Autor: Francisco Souza