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O Poder de Escolher

O Poder de Escolher

Portanto o Senhor mesmo vos dará sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e lhe chamará Emanuel. Ele comerá manteiga e mel quando souber desprezar o mal e escolher o bem (Isaías 7:14, 15).

Em nota à margem do versículo 15 encontra¬mos esta tradução: "Manteiga e mel comerá, para que possa saber desprezar o mal e escolher o bem." De forma que não é depois de saber desprezar o mal e escolher o bem que ele come manteiga e mel; antes, é porque come manteiga e mel que ele sabe desprezar o mal e escolher o bem.
Desejamos aprender um pouco mais a respei¬to do Senhor Jesus nesta passagem. Você e eu sabemos quão perfeita foi a vida de nosso Senhor aqui na terra. Ao lermos os quatro evangelhos notamos quão bom e quão perfeito foi o modo de vida de nosso Senhor aqui. Mas destes quatro relatos somente não podemos descobrir por que nosso Senhor pôde levar uma vida assim "sobre-humana" ou por que ele é tão perfeito ou por que ele é o Filho do homem. Isaías 7:15 dá-nos o motivo. Por que sabe ele desprezar o mal e escolher o bem? Por que sabe ele rejeitar o mundo e escolher a vontade de Deus? Por que sabe ele negar a glória do homem e desejar somente a glória de Deus? Tudo isto está revela¬do em Isaías.

Todos nós concordamos que o versículo ("Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e lhe chamará Emanuel") aponta para o Messias, nosso Senhor Jesus. Infelizmente, muitos negligenciam o versículo seguinte. É preciso que compreendamos que não é somente o versículo 14 que aponta para o Senhor, o versículo 15 declara que durante toda sua vida ele comerá manteiga e mel. E por se alimentar assim por toda a vida, será capaz de escolher o bem e desprezar o mal, será capaz de obedecer a Deus e procurar a sua glória, e será capaz de ganhar a satisfação do coração de Deus.
Quais são os significados de manteiga e mel? De todos os sabores, o da manteiga é o mais rico. E de todas as coisas da terra, nada é mais doce que o mel. Assim, manteiga representa o mais rico e mel, o mais doce.
O que diz a Bíblia ser a coisa mais rica? A graça de Deus (Efésios 1:7). O que diz a Bíblia ser a mais doce? O amor de Deus (Cantares de Salo¬mão 2:3). Deus coloca a riqueza de sua graça e a doçura de seu amor perante o Senhor Jesus para que ele coma, logo ele pode obedecer a Deus e escolher sua vontade, desprezar o mal e escolher o bem. Por alguns momentos, pois, gostaria de laborar sobre como o Senhor, por toda a vida, comeu manteiga e mel, e também como em conseqüência desprezou o mal e escolheu o bem.

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Primeiro: seus primeiros anos (Lucas 2:41-51)


Aos doze anos de idade, Jesus foi com seus pais a Jerusalém para a festa da páscoa. Depois de se cumprirem os dias, seus pais voltaram; mas o menino Jesus ficou em Jerusalém. Mais tarde seus pais voltaram à cidade procurando por ele. Três dias depois encontraram-no no templo. Disse-lhe sua mãe: "Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura." Respondendo, o Senhor não disse: "Não sabíeis que me cumpria fazer a vontade de Deus?" Em vez disso, ele diz: "Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai? [ou, cuidando dos negócios de meu Pai]?" Aqui o Senhor tinha a manteiga e o mel.
Aos doze anos de idade, Jesus já conhecia ao Pai. Ele tinha a manteiga e o mel celestiais. Porque ele tinha o mais rico e o mais doce, podia viver na vontade de Deus. Se isso tivesse aconte¬cido conosco, provavelmente teríamos respondi¬do: "Voltem para Nazaré e continuem o trabalho de carpintaria e de cuidar da casa, mas eu não vou. Deixem-me permanecer no templo." En¬tretanto, nosso Senhor não respondeu desta maneira. Por um lado, deu seu testemunho; por outro, desceu com seus pais a Nazaré e era-lhes submisso. Ele podia fazer essa escolha difícil porque tinha provado da riqueza e da doçura de Deus.

Ora, a mãe de Jesus era uma das melhores mulheres do mundo; ao mesmo tempo, porém, era também uma mulher "pequena". Muitas vezes as melhores pessoas são as que menos inteligência possuem. Descobrimos, nos quatro evangelhos, que Maria, com freqüência, perturbava o Senhor. Quando o vinho acabou nas bodas em Cana, ela disse ao Senhor: "Eles não têm mais vinho" (João 2:3). Quando o Senhor ensinava às multidões, mandou-lhe dizer que desejava falar com ele (Marcos 3:31). Entretanto, a Escritura diz: "E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso." Esta foi a escolha do Senhor, algo difícil para o homem. Ele podia ter-se recusado a voltar e escolhido permanecer no templo, mas preferiu voltar para casa e viver com Maria que tinha pouca compreensão. Por ter comido manteiga e mel, podia escolher o que era difícil para o homem.

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Segundo: batizado com o batismo de João (Mateus 3:13-17)


Quando João Batista viu a Jesus que vinha para ele, disse: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (João 1:29). Uma vez mais João disse dele: "Aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu" (Mateus 3:11). Quanto mais poderoso? "Cujas sandálias não sou digno de levar", disse ele (Mateus 3:11). O Senhor era assim tão poderoso, entretanto foi a João para ser batizado. Se estivéssemos em seu lugar — isto é, no lugar de sua grandeza desde a eternidade como rei do reino dos céus -— sem dúvida seríamos acompanhados por toda a pom¬pa de nossa alta posição. Embora jamais reco¬nhecêssemos o fato abertamente, é fácil para nós exibir nossa excelência. Nosso orgulho é inato e natural. Simplesmente adoramos expor nossa grandeza aos outros. Mas nosso Senhor foi ao Jordão e recebeu o batismo de João.

Você acha que é fácil receber o batismo do homem? Existiu em Foochow uma irmã idosa.
Era uma boa mulher. Em certa época reconheceu que devia ser batizada, mas ela mesma escolheu a pessoa que a devia batizar. Respeitava a certos irmãos, mas a outros desprezava. Insistiu em que determinado irmão a batizasse. Aquele que tem levado uma vida melhor sobre a terra e mais tarde procura o batismo escolhe uma pessoa a quem ele ou ela respeita a fim de realizar seu batismo.
Ora, nosso Senhor era muito especial. Ele era tão diferente que surpreendeu João, que tentou dissuadi-lo, dizendo: "Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?" Qual pensa você, foi a resposta do Senhor? "Deixa por enquanto, porque assim nos convém cumprir toda a justiça." Ele preferiu vir ao Jordão e entrar na água da morte. Escolheu a humildade, escolheu a morte, assim cumprindo ele toda a justiça. Na realidade a justiça á realizada na cruz, mas estava representada na água da morte para Jesus. Ele escolheu o bem e desprezou o mal.

Você já pensou quão difícil pode ter sido para o Senhor receber o batismo de João? Pois o que podia acontecer à sua dignidade perante os pecadores, os publicanos e as prostitutas? Não recebiam eles também o batismo de João? E, mais tarde, ao começar a pregar, ele proclamava como João: "Arrependei-vos, porque está próxi¬mo o reino dos céus" (Mateus 4:17). Seu auditó¬rio era igual ao de João. Certo publicano podia dizer-lhe: "Não foi ele batizado conosco naquele dia? Como é que agora pretende ensinar-nos?" Outro pecador com justificação igual poderia declarar: "Ele foi batizado conosco naquele dia. Como ousa vir ensinar a nós?" Quão difícil e humilhante deve ter sido para Jesus!

De fato, mais tarde este problema surgiu. Quando o Senhor e seus discípulos estavam na Judéia batizando, alguns foram a João reclamar: "Mestre, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tens dado testemunho, está batizando, e todos lhe saem ao encontro" (João 3:26). Isto prova o quanto desprezavam o Se¬nhor. O Senhor deveras se coloca nesta posição difícil, mas escolhe fazer isso por haver força por trás de sua decisão. Ele provara a grandeza da graça abundante e o doce amor de Deus. Ele comera manteiga e mel. Tendo provado o mais abundante e o mais doce, pode tomar o lugar mais humilde.
Também podemos humilhar-nos a nós mes¬mos e tomar o lugar mais humilde porque também temos a manteiga e o mel. O que o mundo não consegue fazer, nós, os cristãos, podemos, pois temos a graça mais abundante e o amor mais doce.

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Terceiro: no tempo da tentação (Mateus 4:1-10)


Depois de o Senhor ter sido batizado, e ao sair da água, os céus subitamente se abriram e o Espírito Santo desceu como pomba, vindo sobre ele. Foi levado pelo Espírito, ao deserto, para ser tentado pelo diabo por quarenta dias e noites. O próprio Satanás parece tê-lo tentado dizendo: "Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães."

Comer quando se tem fome não é pecado, mas o Senhor recusou-se a comer aqui. O tentador procurava fazer com que o Senhor fizesse alguma coisa segundo sua própria vontade. Tentou seduzir Jesus a usar seus próprios meios a fim de satisfazer a fome. Mas o Senhor respondeu: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus." Ele está disposto a passar fome, e pode suportar a fome. Deixe-me dizer a todos vós hoje que se desejamos viver como nosso Senhor viveu devemos receber diariamente do céu a manteiga e o mel. O Senhor é mui capaz de transformar pedras em pães, mas não precisa disso porque já tem a manteiga e o mel.
Suponhamos que exista um pouco de prazer, um pouco de conforto ou glória ao nosso estalar dos dedos. Você pode tê-lo se disser sim, ou pode tê-lo até mesmo sem dizer nada. Já está dentro de sua esfera de influência. Pode conse¬gui-lo sem esforço. O que fará? Nosso Senhor não está disposto a transformar pedras em pães, mas como desejamos poder fazê-lo — não mera¬mente transformar uma pedra em pão mas todas as pedras do Jordão!

Como ansiamos exercer nossa força máxima para nós mesmos! Isto é porque não provamos da manteiga e do mel do céu. Se tivéssemos comido dessa maneira, seríamos capazes de deixar de lado o que poderia ser nosso e desistir do que está ao nosso alcance. Somente uma espécie de pessoa no mundo sabe como ofertar a Deus — são os que experimentam a graça de Deus.
A tentação que Jesus sofreu no deserto não se restringiu a uma única área. Pois Satanás disse: "Se és Filho de Deus, atira-te abaixo." Quão maravilhoso seria descer voando do céu! As pessoas não o reconheceriam imediatamente como o Messias? Ele podia ganhar glória imensa pelo expediente mais simples. Entretanto, o Senhor recusou-se a fazer isso. Terceira vez Satanás lhe disse: "Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares." Não é fácil ganhar o mundo todo e toda sua glória com uma simples mesura? Não obstante, por melhor que sejam todos os reinos do mundo, nosso Senhor é capaz de deixá-los de lado e negá-los por ter poder em si. Conhece a Deus de uma maneira que vai além de nós; ele está cheio do Espírito Santo de um modo que não o possuímos; e já provou da abundância da graça e da doçura do amor a um grau que não experimentamos.

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Quarto: O Senhor repreende Pedro (Mateus 16:21-34)


Em duas de três ocasiões distintas Pedro ouviu o Senhor dizer que devia ir a Jerusalém, sofrer nas mãos dos anciãos, dos sacerdotes e dos escribas, e ser morto — e que ressuscitaria dos mortos depois de três dias. Pedro não podia suportar tal idéia. Começou a ter pena do Senhor e disse-lhe: "Tem compaixão de ti, Se¬nhor; isso de modo algum te acontecerá". Pode¬ríamos pensar que Jesus provavelmente haveria de confortar Pedro dizendo: "Seu amor por mim é deveras grande, Pedro, mas não posso deixar de ir a Jerusalém para morrer." Em vez disso, o Senhor repreendeu seu discípulo com severida¬de: "Arreda! Satanás; tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e, sim, das dos homens". O Senhor fez uma escolha definida aqui: escolheu a morte.
Se houver alguém neste mundo que escolheu a cruz e andou pelo caminho estreito, tenho certeza de que essa pessoa deve ter provado da abundância da graça de Deus e da doçura de seu amor.
 Recentemente o jornal Intelligence regis¬trou o martírio de duas missionárias em Fukien. Ambas eram britânicas e serviam nessa provín¬cia. Foram seqüestradas por bandidos e um mês atrás foram mortas. Ambas eram senhoras de idade e de grande profundeza no Senhor. Uma destas missionárias escreveu um poema antes de ser morta. Deu-lhe o título de "O Mártir". Neste poema encontramos o seguinte: "O rosto do mártir é o rosto de um anjo! O coração do mártir é o coração de um leão!"
O rosto do anjo é a coisa mais linda e o coração do leão a mais majestosa. Quão maravilhoso que uma mártir escrevesse um poema de mártir! Antes de mor¬rer escrevera uma carta à sua amiga dizendo: "A graça de Deus é suficiente para mim. Embora eu possa perceber, pelo ambiente, em que situação perigosa e difícil me encontro, jamais em minha vida senti-me tão próxima de Deus."
Outro missionário da Missão da China Interior também foi seqüestrado, e solto mais tarde. Um amigo perguntou-lhe a respeito da experiência. Respondeu que na noite em que ouviu o silvar de balas e parecia não haver jeito de escapar com vida, foi cheio de uma paz e uma alegria que nunca havia experimentado desde sua regene¬ração.

Deve haver um motivo por trás do martírio. Deve existir nessa pessoa um poder por demais incomum. Nunca pense, nem por um momento, que Deus nos dá os salários mais baixos enquan¬to exige que nós, "fracotes", carreguemos res¬ponsabilidade insuportável. Não, nosso Deus nos dá manteiga e mel para que possamos deixar de lado todas as coisas e até mesmo morrer pela verdade. E aqui não profiro uma palavra falsa nem vazia. Eu a conheço e muitos a conhecem. Todos os que são capazes de desprezar as coisas, não procurar nada para si mesmos, mas escolher a parte difícil, possuem em si um poder tremen¬do, assim como Cristo possuiu. Por causa do poder que nele existia o Senhor Jesus pôde desprezar o mal e escolher o bem.

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Quinto: em sua transfiguração (Lucas 9:28-31)


No monte da transfiguração o Senhor mani¬festou o máximo de sua humanidade perante Deus e perante os homens. A Bíblia jamais ensina que somos sem mancha nesta vida (te¬mos, deveras, faltas e manchas); ela somente afirma que Deus pode manter-nos inculpáveis nesta vida. Mas nesta vida nosso Senhor é sem mancha alguma. Já mencionei a transfiguração de Jesus no monte. Muitos comentaristas concordam que o Senhor podia muito bem ter ascendido ao céu desse monte e Deus não podia ter-se recusado a recebê-lo. Com referência a isto observe esta passagem: "A terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga. E quando o fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa" (Marcos 4:28, 29). Uma vez que o Senhor já estava maduro (isto é, a esta altura já estava completamente amadurecido), ele podia ter sido recebido de volta. Entretanto, conversou com Moisés e Elias a respeito de sua partida que estava prestes a se realizar em Jerusalém. Ao voltar para o vale abaixo, Jesus estava ainda mais decidido a ir a Jerusalém: tinha o rosto determi¬nadamente voltado para seu objetivo. Escolheu a morte.
Aqui, portanto, vemos outra escolha de nosso Senhor. Jesus pôde recusar-se ascender ao céu do monte da transfiguração e escolher o cami-nho de Jerusalém e da morte porque tinha comido da manteiga e do mel celestiais. Ele pode decidir não ascender e ir ter com o Pai mas descer à cruz por ter provado da graça e também do amor de Deus.

Sem a graça e o amor de Deus quem pode suportar sofrimento como esse? Alguns filhos podem sofrer pelos pais, mas não sofrem de boa vontade. Alguns estudantes podem obedecer aos mestres sob compulsão. Somente Cristo pode fazer a escolha boa embora difícil com um coração disposto por ter provado da manteiga e do mel — do mais abundante e do mais doce.

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Sexto: entrando em Jerusalém (João 12:12-28)


As duas ocasiões mais gloriosas da vida de nosso Senhor são a experiência do monte da transfiguração e sua entrada em Jerusalém. Ao entrar em Jerusalém muita gente tomou galhos de palmeiras e saiu a encontrá-lo, clamando: "Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! e que é Rei de Israel!" Estas palavras foram proferidas pelos judeus. Nessa época o Senhor ainda tinha muitos amigos. Lázaro tinha sido recentemente ressuscitado dos mortos, al¬gumas pessoas haviam preparado uma festa para o Senhor, e alguns gregos vieram a Filipe dizendo: "Senhor, queremos ver a Jesus." Até seus inimigos, os fariseus, diziam uns para os outros: "Vede que nada aproveitais! eis aí vai o mundo após ele."


Nessa juntura, ele podia ter conseguido tudo o que quisesse. Mas quando André e Filipe vieram falar ao Senhor Jesus do desejo dos gregos, qual foi sua resposta? "Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto." Aqui fez mais uma escolha. Ele podia ganhar glória e tornar-se rei, mas escolheu o oposto. Como meu coração se comove com o que ele disse: "Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto"!

"Agora está angustiada a minha alma, e que direi eu?" Isto indica quanto o coração e a boca do Senhor andavam de acordo. "Pai, salva-me desta hora? mas precisamente com este propósi¬to vim para esta hora." O Senhor podia ter pedido que o Pai o livrasse dessa hora, en¬tretanto ele sabia que tinha vindo para essa mesma hora. Uma vez mais desprezou o mal e escolheu o bem. Anteriormente, ao notarmos estas coisas, perguntamos a nós mesmos como é que ele podia fazer tais escolhas. Agora, en¬tretanto, diz-nos a Bíblia em Isaías como é que ele pode escolher o bem e desprezar o mal: ele provou da manteiga e do mel, da abundância da graça e da doçura do amor.

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Sétimo: no Getsêmani (Mateus 26:36-46) 

Finalmente no jardim do Getsêmani, o Senhor fez a escolha maior! Ali ele podia dizer não desejo morrer: "Meu Pai: Se possível, passe de mim este cálice!" Mas imediatamente acrescen¬tou: "Todavia, não seja como eu quero, e, sim, como tu queres." Embora visse a hediondez do cálice, não ousou seguir sua própria vontade. Não temia o cálice; antes, sua virtude santa rebelava-se contra o levar os pecados. Antes de saber que o cálice e a vontade de Deus se tinham tornado uma, podia legitimamente pedir: "Se possível, passe de mim este cálice"; mas tal pedido foi imediatamente seguido da afirmativa: "não seja como eu quero, e, sim, como tu queres." De modo que no jardim do Getsêmani, ele escolheu a vontade de Deus e rejeitou o que não era de sua vontade. E o que disse Jesus finalmente a Pedro? "Não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?" (João 18:11)
Deixe-me dizer-lhes que se não tivesse havido Getsêmani não poderia ter existido a cruz. Sem a obediência do jardim não teria havido a morte do Calvário. A obediência precedeu a cruz. Nosso Senhor "a si mesmo se humilhou, tornan¬do-se obediente até à morte, e morte de cruz" (Filipenses 2:8). Muitos fogem da cruz por não se terem saído bem na consagração do Getsêmani. Não têm em si mesmos o poder. Mas nosso Senhor tinha a manteiga e o mel; portanto podia escolher o bem e desprezar o mal.

É preciso grande poder para ser obediente! Se Deus primeiro não lhe encher o coração, você não terá êxito, não importa quanto possa tentar externamente. Precisamos aprender a chegarmo-nos a Deus diariamente e receber do céu tanto a manteiga como o mel para que dia a dia vivamos na terra escolhendo o bem e desprezan¬do o mal.
Falo a vocês hoje desta maneira porque tenho dentro em mim um profundo sentimento de que a volta do Senhor é iminente e que o reino está próximo, Logo as tentações serão maiores, os perigos se multiplicarão e as decepções serão mais profundas. Antes era questão de livrar-nos do pecado; agora é questão de livrar-nos do prazer. Antes era receber o despojamento de Deus; agora é obedecer com coração disposto. Antes era o caso de levar o jugo com relutância; agora é escolher a cruz voluntariamente.

Prevemos hoje muitas coisas que nos aconte¬cerão nos dias vindouros se não soubermos como desprezar o mal e escolher o bem. Satanás nos oferecerá mais vantagens, o mundo parecerá mais gracioso dando-nos muitas coisas, e nosso ambiente também nos será mais útil. Se não desprezarmos, não venceremos. Como pode¬mos vencer o mundo? Se o Senhor não tivesse escolhido morrer, poderia ter vivido porque lhe era possível não ter morrido. Oh! percebamos uma coisa: não importa o que se nos coloquem à frente, poderemos escolher com simplicidade de coração somente porque recebemos a manteiga e o mel celestiais. Daí que devemos receber man¬teiga e mel diariamente do céu para que possa¬mos saber o que escolher e o que desprezar. Não deixemos que nosso ambiente escolha por nós.

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