Como Linda Com a Doenças
Textos Bíblicos : II Rs. 8.8; Is.53.4
INTRODUÇÃO: A doença, escreve um capelão, é mais do que
falta de saúde. Trata-se de uma expressão de nossas limitações físicas,
emocionais e espirituais. Ela é uma indicação viva de que somos seres humanos,
habitando um corpo destinado a morrer.
A doença inibe nossas atividades, nos atrasa, torna a vida
mais difícil e com freqüência parece não ter significado ou propósito.
1. O QUE A BIBLIA DIZ SOBRE A DOENÇA
As Escrituras muito tem a nos dizer sobre doença, tanto no
Novo quanto no Antigo Testamento. Os evangelhos nos mostram de maneira clara
que boa parte do ministério terreno do Senhor Jesus, esteve ligado diretamente
a pessoas enfermas. As escrituras sagradas mencionam diversos tipos de doenças
tais como: febre – Mt. 8.16; lepra – Mt. 8.2; paralisia – Mt. 9.1; cegueira –
Jô. 9.1ss; Lc. 19.35ss; desinteria – At. 28.8; surdez, mudez, hemorragia etc...
2. 4 COISAS IMPORTANTES QUE DEVEMOS SABER SOBRE DOENÇAS
2.1. A DOENÇA FAZ PARTE DA VIDA
É quase impossível descrever uma pessoa que na vida não
tenha tido nenhum tipo de doença. Desde a queda do homem no pecado a doença tem
feito parte da vida humana na terra.
2.2. CUIDADO, COMPAIXÃO E CURA SÃO IMPORTANTES PARA OS
CRISTÃOS
Jesus ensinou através de palavras e atos que a doença embora
comum, é indesejável. Ele passou boa parte de seu ministério ministrando aos
enfermos – vide Mt. 16,17, e também encorajou os seus discípulos a fazerem o
mesmo – Mc. 16.15ss, e salientou o quanto é importante ser compassivo e cuidar
daqueles que são necessitados e doentes. Ele mesmo disse, que ajudar a uma
pessoa doente, era o mesmo que ministrar a Ele – Mt. 25.34-36, isto nos mostra
que somos instruídos a orar pelos doentes e ajuda-los de maneira prática.
2.3. DOENÇA, PECADO E FÉ NÃO SÃO COISAS NECESSARIAMENTE
RELACIONADAS
Toda doença tem sua origem, em análise final, na queda da
humanidade no pecado, mais os casos individuais de doença não são
necessariamente resultantes dos pecados da pessoa doente (vide o caso de Jó -
1.1ss; 2.1ss; e do cego de nascença – João 9.1ss) embora podemos admitir que em
certas ocasiões a doença vem como resultado do pecado individual - vide
referências Sl. 107.17; 30.20;41.4;
II Cr. 26.16-19.
Outro ponto importante que deve prender nossa atenção é o
fato de que se o doente não tenha sido curado, não seja porque lhe faltou fé ou
que o mesmo esteja fora da vontade de Deus. Veja o caso do apostólo Paulo – II
Co. 12.7-12, A Bíblia não apóia tal coisa, Deus jamais prometeu curar todas
nossas moléstias nesta vida, e é tanto incorreto como cruel ensinar que a saúde
instantânea sempre virá virá para aqueles cuja fé é forte. Nem todas as pessoas
que pediram cura alcançaram, devemos ter em mente que acima de tudo a vontade
de Deus é que prevalece em nossas vida – vide I João 5.14; Mt.6.9ss
2.4. A DOENÇA FAZ
SURGIR QUESTÕES DIFICEIS E CRUCIAIS SOBRE O SOFRIMENTO
Quando somos atingidos por doenças , somos levados a fazer
as seguintes indagações: Se Deus é bom, porque permite o sofrimento??? Se Ele é
Todo-Poderoso, porque não suspende o sofrimento??? É provável que nossas mentes
finitas jamais venham a compreender plenamente as razões do sofrimento, mais a
Bíblia ensina que ele nos mantém humildes, purifica nossa fé, produz paciência,
maturidade e perseverança e caráter. O sofrimento nos ensina a nos tornarmos
mais compassivos e cheios de cuidado. – vide Sl. 73.1ss
3. AS PRINCIPAIS
CAUSAS DA DOENÇA E OS PROBLEMAS RELACIONADOS A MESMA
A doença surge de uma variedade de causas, tais como:
• Desobediência
• Acidentes
• Ingratidaão
• Má alimentação
• Falta de
exercícios
• Hereditária
• Ingestão de
substâncias prejudicias (drogas e veneno)
• Ferimentos
• Contato com
temperaturas extremas (muito frio ou muito calor)
• Desgaste ou
degeneração de órgãos no corpo
• Participar
indignamente da santa ceia – I Co. 11.27-30
• Medo, ansiedade,
preocupação
• Trabalho
excessivo – Fp. 2.25-30
Mas a doença envolve muito mais do que o mau funcionamento
físico, ela está associada a uma grande variedade de reações tanto psicológicas
quanto espirituais. Muitas dessas influências agravam a moléstia física e
atrasam ou impedem a recuperação da pessoa. Consideremos algumas dessas
influências:
a. A INFLUÊNCIA DA
DOR
Algumas pessoas sentem pouca dor , outros muita dor quando
atingidos por doenças, outras parecem até gostam ou se acostumam com a dor.
b. SENTIMENTO DE
DESESPERANÇA
Não é fácil ficar doente, pois a doença interrompe nossa
rotina, quando não compreendemos o que está errado com nosso corpo, quando não
sabemos quando vamos sarar, quando nos submetemos aos cuidados de estranhos,
alguns dos quais são mais indiferentes ou científicos do que compassivos e
sensíveis, tudo isso aumenta nossa sensação de desânimo em face da doença. Foi
sugerido que os doentes, especialmente os hospitalizados, experimentam sete
categorias de tensão psicológica: 1) uma ameaça a nossa integridade; 2) medo de
estranhos; 3) ansiedade pela separação; 4) medo de perder o amor e a aprovação;
5) medo de perder o controle; 6) medo de expor e perder partes do corpo; 7) a
culpa e o medo do castigo
c. A EXPERIÊNCIA DA
EMOÇÃO
As emoções incluem as seguintes coisas:
= medo da dor, de diagnósticos subseqüentes, de complicações
físicas, do futuro incerto, de não se recuperar, da rejeição e por fim da
morte;
= ira em relação a si mesmo, à doença, aos médicos e a
outros, e até mesmo a Deus;
= culpa, com relação do que fez ou deixou de fazer; um
estudo feito evidenciou que 94% dos pacientes com câncer sentiam que sua doença
era um resultado ou falhas passadas;
= depressão, que algumas vezes leva ao suicídio ou perda da
vontade de recuperar-se;
= confusão que surge quando não é possível determinar o
prognóstico e não há certeza quanto à avaliação da doença.
d. A PRESENÇA DE
REAÇÕES DENTRO DA FAMÍLIA
Quando ficamos doentes, nossa família é afetada, e quando
percebemos tal coisa nos pertubamos quanto a isso. Nossa rotina é toda mudada,
surge as crises, as dificuldades finaceiras, e até a perda de manter relação
sexual, isso pode criar tensão dentro da família, resultando em fadiga,
irritabilidade, e preocupação. É de suma importância que a família esteja unida
e preparada para encarar com paciência e naturalidade tal situação, pois isso
com certeza faciliatará na recuperação do doente.
4. PRINCIPAIS
EFEITOS DA DOENÇA
É conhecido de todos nós que toda causa tem um efeito e todo
efeito uma causa, analisamos anteriormente as causas da doença, agora
analisaremos os efeitos da mesma. Vejamos alguns:
= DEFESA E NEGATIVA – Uma vez que a doença é tão mal
recebida, existe a tendência de negar sua gravidade e até sua presença. Quando
somos afligidos, pelo menos por algum tempo indagamos: Não é possível que isso
aconteça comigo??? O diagnóstico não foi bem feito. Deus com certeza vai me
curar.
Os leitores de manuais de psicologia estão familiarizados
com os “mecanismos de defesa” – isto é modo de pensar que nos capacita a negar
a realidade e simular que uma frustação ou conflito não tem importância.
Os psicólogos identificaram diversos tipos de mecanismos de
defesa, e muitos são vistos tanto nos doentes, quanto em seus familiares.
Vejamos alguns desses mecanismos:
= RACIONALIZAÇÃO – tendência a apresentar justificativas
razoáveis. (“Eles erraram na interpretação do exame”).
= A PROJEÇÃO – Essa faz com que coloquemos nossos sentimentos
de ira ou medo sobre outras pessoas. (“meu problema é com o médico que está
tentando tornar minha vida miserável”).
= A REAÇÃO DISFARÇADA – É a tendência de aparentar, em
excesso, o oposto daquilo que sentimos (“veja como estou bem, e como estou melhorando
dia a dia).
= O PENSAMENTO MÁGICO – Esse permite a simulação (“ o médico
irá com certeza encontrar um novo medicamento em breve”).
= A REPRESSÃO – É um esquecimento inconsciente.
= A SUPRESSÃO – É o esquecimento deliberado, sendo ambos
usado para afastar de nossa mente a realidade desagradável.
Tais coisas podem nos ser úteis se nos derem tempo de
reunirmos forças e o conhecimento necessário para enfrentarmos com realidade.
Porém se as defesas e negativas persistirem, tanto o paciente, quanto sua
família não estão sendo realistas.
= ESPERANÇA – Em seu notável livro, ON DEATH DYING, a
psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross, menciona que toda vez que o paciente deixa de
manifestar esperança, trata-se geralmente de um sinal que a morte se aproxima.
A esperança é fundamental no processo da cura, pois ela sustenta e encoraja o
paciente em momentos difíceis. No caso do crente em Jesus, a esperança faz com
que ele creia que o Deus vivo irá lhe responder.
= RETRAIMENTO – Quando estamos doentes, precisamos deixar
que os outros nos ajudem e nos amem. Porém muitos não acham isso fácil e
sentem-se ameaçados por dependerem de outros, fracos e incompreendidos, como
resultado disso, retraem-se, algumas vezes numa atitude de autopiedade e
subseqüente solidão.
= MANIPULAÇÃO – Algumas pessoas vivem tentando controlar e
manipular outros através de meios engenhosos ou a “força” quando essas pessoas
ficam doentes, não é surpresa que façam uso da doença para controlar ou obter
simpatia, atenção e favores de outros.
5 – ATITUDES IMPORTANTES QUE DEVEMOS TOMAR EM RELAÇÃO A
DOENÇA
= APRENDA A VER SIGNIFICADO NA DOENÇA – Nada acontece por
acaso, as vezes Deus permite doença sobre nós, para que possamos tirar lições
preciosas para nossa vida. É certo que quando ficamos doentes, somos forçados a
uma série de coisas, como a diminuir nosso ritmo. Mas se abrirmos nossos olhos
espirituais poderemos ver algo significativo na doença. A doença escreve um
capelão do hospital, muitas vezes tranforma-se na oportunidade que muitos
precisam a fim de deixar de correr o suficiente para descobrir uma vida mais
feliz e proveitosa, há ocasiões que o individuo necessita ficar doente para
melhorar, pelo menos emocional e espiritualmente, caso não fisicamente – ver
Rm. 8.28ss; Is. 40.31; Sl.119.67
= ENFRENTE SUAS PREOCUPAÇÕES REALISTICAMENTE – Quanto mais aprendermos
a enfrentar as coisas como elas são, melhor será – ver At. 20.23-24
= OBTENHA INFORMAÇÃO – Estudos revelam que pacientes
submetidos a cirurgia mostraram que a recuperação é mais rápida e a dor menor
quando é contado antes aos pacientes o que devem esperar durante e após o
tratamento. Quanto mais informações tivermos a respeito de nossa doença, o
tratamento será mais eficaz.
= FORTALEÇA O COMPROMISSO CRISTÃO – Aprenda a andar com
Deus, através da oração, adoração, meditação, adoração e estudo constante das
Sagradas Escrituras. Entrega o teu caminho a Deus, confie Nele e não deixe sua
fé esmorece. Reafirme seu compromisso, e sua confiança em Deus, pois Ele é o
único que pode nos dar vitória – vide Lm. 3.21-24;Sl.118.18,19; Fp. 4.13; Rm.
8.18. Por isso não desanime, Deus velará por ti, não deixe o diabo roubar sua
fé, a Bíblia diz: espera no Senhor, anima-te e Ele fortalecerá o teu coração.
6. COMO RECEBER CURA DE NOSSAS DOENÇAS
• Através da oração
– Tg. 5.16; Nm. 12.13
• Através da manifestação
dos dons de curar – I Co. 12.9
• Através da
imposição de mãos – Mc. 16.16-18
• Através do toque
de Jesus – João 9.1ss
• Através da
Palavra de Jesus – Lc. 18.35ss
7. A BÍBLIA, A
MAIOR FONTE DE CURA – Sl. 107.20
É na Palavra de Deus que encontramos o maior de todos os
remédios, para nossas doenças. Quero salientar que a Bíblia tem o poder
curador, não só para nossas enfermidades físicas, mais para todas as
enfermidades que nos cercam em nosso viver. Haja visto que os problemas de
doenças que hoje assolam o mundo, não se prende só ao campo físico, mais também
ao campo emocional, psicológico e espiritual, para todas essa moléstias que
assolam o ser humano encontramos na Bíblia cura. Vejamos:
7.1. cura para nossa ansiedade – I Ped. 5.7; Mt. 6.24-34
7.2. cura para o medo – Sl. 27.1ss; 91.1ss; Hb. 13.5,6
7.3. cura para complexo de inferioridade – Is. 6.1-8; Jr.
1.4-10
7.4. cura para ingratidão – Sl. 100; 103.1-3; Hb. 13.15
7.5. cura para solidão – Sl. 42.1ss; Fp. 4.19; Sl. 142.1ss;
7.6. cura para o estresse – Is. 55.1-9; Mt. 11.25-30; Ap.
22.17
7.7. cura para a depressão – Sl. 16.1; 143.1ss; Is. 61.1-4;
Lm. 3.55-57
7.8. cura para o desanimo e desencorajamento – Rm 15.13; II
Co. 4.4; 10-13
7.9. cura para perda de forças em horas de tentação – Sl
19.12-14; Lc. 4.1-13; Hb. 4.14-16; Tg. 1.12-18; I Co. 6.12-20.
CONCLUSÃO:
Amados irmãos que em meio as adversidades que nos cercam,
incluindo as doenças, possamos estar seguros em Cristo, sabendo que se Deus é
por nós quem será contra nós? E em todas as coisas (inclusive as doenças) somos
mais do que vencedores por aquele que nos amou, fiquemos firmes na presença do
Senhor, e venha o que vier, haja o que houver, não deixemos a presença bendita
de nosso Senhor Jesus. A Ele seja dada toda honra e toda a glória, não só hoje
como no dia da eternidade, pelos séculos dos séculos. amém
“ E quanto mais sábio foi o pregador, tanto mais sabedoria
ao povo ensinou”
Post a Comment