Sete Motivos Para Abandonar Sua Igreja
A cada ano
milhares de brasileiros se convertem e ingressam numa igreja evangélica. Mas,
também, a cada ano, muitos abandonam suas igrejas, fazendo-as parecer um imenso
corredor: muitos entrando pela porta da frente; um bom tanto deles saindo pela
porta dos fundos.
Conversando com os
“desviados” (é assim que nós os chamamos), ouvimos diversas explicações. Alguns
dos motivos apresentados até que são relevantes; outros, porém, são meras
desculpas. Mas, no fundo nós sabemos que “... nada pode nos separar do amor de
Deus“; em outras palavras, nada é suficientemente forte para afastar da casa de
Deus um verdadeiro filho de Deus.
Este fenômeno, no
entanto, não é novo. Se considerarmos que a igreja cristã nasceu na manhã da
Páscoa, no dia da ressurreição de Jesus, então, à tarde daquele mesmo dia ela
já tinha dois “desviados”. Leia atentamente o relato bíblico:
“Naquele mesmo dia,
dois deles estavam de caminho para uma aldeia chamada Emaús, distante de
Jerusalém sessenta estádios (+ ou - 12 km). E iam conversando a respeito de
todas as coisas sucedidas. Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o
próprio Jesus se aproximou e ia com eles. Os seus olhos, porém, estavam como
que impedidos de o reconhecer. Então, lhes perguntou Jesus: Que é isso que vos
preocupa e de que ide tratando à medida que caminhais? E eles pararam
entristecidos. Um, porém, chamado Cleopas, respondeu, dizendo: És o único,
porventura, que, tendo estado em Jerusalém, ignora as ocorrências destes
últimos dias? Ele lhes perguntou: Quais? E explicaram: O que aconteceu a Jesus,
o Nazareno, que era varão profeta, poderoso em obras e palavras, diante de Deus
e de todo o povo, e como os principais sacerdotes e as nossas autoridades o
entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.
Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam. É verdade também que algumas mulheres, das que conosco estavam, nos surpreenderam, tendo ido de madrugada ao túmulo; e, não achando o corpo de Jesus, voltaram dizendo terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive. De fato, alguns dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as mulheres; mas não o viram. Então, lhes disse Jesus: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras. Quando se aproximavam da aldeia para onde iam, fez ele menção de passar adiante. Mas eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque é tarde, e o dia já declina. E entrou para ficar com eles. E aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando ele o pão, abençoou-o e, tendo-o partido, lhes deu; então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles. E disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras? E, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os onze e outros com eles, os quais diziam: O Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão! Então, os dois contaram o que lhes acontecera no caminho e como fora por eles reconhecido no partir do pão”. Lucas 24.13-35
Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam. É verdade também que algumas mulheres, das que conosco estavam, nos surpreenderam, tendo ido de madrugada ao túmulo; e, não achando o corpo de Jesus, voltaram dizendo terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive. De fato, alguns dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as mulheres; mas não o viram. Então, lhes disse Jesus: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras. Quando se aproximavam da aldeia para onde iam, fez ele menção de passar adiante. Mas eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque é tarde, e o dia já declina. E entrou para ficar com eles. E aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando ele o pão, abençoou-o e, tendo-o partido, lhes deu; então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles. E disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras? E, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os onze e outros com eles, os quais diziam: O Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão! Então, os dois contaram o que lhes acontecera no caminho e como fora por eles reconhecido no partir do pão”. Lucas 24.13-35
Aos que abandonaram
suas igrejas ou estão pensando em fazê-lo, quero dizer-lhes as mesmas palavras
de Jesus àqueles dois discípulos a caminho de Emaús: Vocês são LOUCOS E DUROS
DE CORAÇÃO! Sei
que estas palavras são pesadas, mas é exatamente isto que
significa a frase de Jesus: “Néscios e tardos de coração para crer...”.
LOUCOS E DUROS DE CORAÇÃO!
Porque Jesus foi
tão severo com eles? Porque seus motivos para abandonar a igreja eram banais e
fruto de seus corações endurecidos.
Inacreditavelmente, estes mesmos motivos podem ser encontrados nas
conversas com os “desviados”.
As palavras de
Cleopas e de seu companheiro de viagem revelam-nos toda a verdade de seus
corações. Vamos analisar o texto? Vemos ver quais motivos levaram estes dois a
fazer tal loucura?
1o Motivo: Dar
ouvidos à conversa fiada – vs. 13-14
Para que alguém se
converta e una-se a uma igreja evangélica, muitas pessoas, de muitas igrejas
diferentes, colaboram para isso: Um lhe fala de Jesus pela primeira vez, outro
lhe entrega alguma literatura, alguém ora por ele e com ele, outro o socorre
numa hora de aflição, alguém o convida, outro o traz ao templo, e assim por
diante.
No entanto, quando
alguém chega a se afastar do Caminho, geralmente é pelas mãos de uma única
pessoa. Muitas vezes pelas mãos de alguém que ele conheceu na própria igreja e
que se fez seu amigo. Alguém que conversa muito ele, mas, ao invés de o
encorajar, como recomendam as Escrituras, leva-o a se desviar.
Repare no texto
bíblico:
“Naquele mesmo dia,
dois deles estavam de caminho para uma aldeia chamada Emaús, distante de
Jerusalém sessenta estádios. E iam conversando a respeito de todas as coisas
sucedidas”.
O que havia em
Emaús? Nada! Emaús era uma aldeia tão pequena e inexpressiva, em termos
históricos, que só sabemos que ela existiu por causa deste relato bíblico; mas,
mesmo que Emaús fosse uma grande cidade, o quê poderia haver lá que fosse mais
importante que a notícia da ressurreição? Nada! Absolutamente, nada!
A verdade é que,
enquanto a igreja estava reunida lá em Jerusalém, tentando assimilar os últimos
acontecimentos e esclarecer o sumiço do corpo de Jesus, estes dois discípulos
estavam voltando para sua antiga vidinha, lá em Emaús. Abandonaram a igreja.
Porque? Por vários
motivos e um deles foi por causa de conversa fiada, pois, como o texto bíblico
relata, eles “... iam conversando” pelo caminho.
O texto bíblico não
diz quem desviou quem, mas, como a repreensão de Jesus foi muito severa e
somente o nome de um deles é citado, não corremos muito risco em afirmar que
Cleopas era o conversador e, o outro, aquele que lhe deu ouvidos.
Ter amigos na
igreja é muito saudável e recomendável, mas, cuide-se, há muitos “Cleopas” em
nosso meio; pessoas mal resolvidas em sua fé em Nosso Senhor Jesus, pessoas que
querem sair da igreja, mas, como seus motivos são meras desculpas, precisam de
alguém que lhe dê ouvidos, alguém que concorde com ele e, de preferência, que
saia da igreja junto com ele, para que ele se senta menos mal e culpado.
O texto fala de
uma espécie de “cegueira espiritual”. Repare.
“Aconteceu que,
enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles.
Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer”.
Eles estavam tão
compenetrados em si mesmos, tão envolvidos em suas próprias desculpas e
justificativas, tão convictos em sua discussão, que nem puderam notar que era o
Cristo ressurreto que caminhava com eles.
Imaginem o ridículo
da situação. Iremos ver, logo adiante, que eles não aceitaram a notícia da
ressurreição. Provavelmente estavam dizendo: Esta coisa de ressurreição é coisa
de louco! É histerismo coletivo! E, ali ao seu lado, estava aquele de quem eles
estavam falando.
Observe outra
coisa muito interessante: eles (que estavam cegos) julgaram-se mais informados
que o próprio Cristo: “És o único, porventura, que, tendo estado em Jerusalém,
ignora as ocorrências destes últimos dias?”.
As pessoas que
abandonam o Caminho encontram-se em condições espirituais semelhantes, isto é,
cegos. Estão tão preocupadas consigo mesmos que, literalmente, se tornam
incapazes de perceber a realidade. Pior que isso, além de estarem cegas,
acreditam que são as únicas que enxergam. Enchem o peito de razão, mas, fazem
papel de ridículos ao discutirem temas sobre os quais não tem o menor
conhecimento e ao classificarem como fanáticos ou histéricos os que ficaram
firmes em suas igrejas.
3o Motivo: Tristeza
– vs. 17
“Então, lhes
perguntou Jesus: Que é isso que vos preocupa e de que ide tratando à medida que
caminhais? E eles pararam entristecidos”.
Porque eles estavam
tristes? Pela morte de Jesus, é claro!
Mas, também, pela
injustiça praticada pelas autoridades (Como puderam colocar Jesus e Barrabás
lado a lado?).
Pela ingratidão do
povo de Israel (Como puderam escolher Barrabás?).
E, pelos problemas
do grupo de Jesus (Como é que Pedro, que era tão valente, não morreu de
vergonha por negar o Mestre três vezes? E quanto aos demais, não se acovardaram
também, deixando o Cristo padecer sozinho? E as mulheres, então, que na hora da
crucificação até que foram valentes, mas, agora, vêm com esta história de que
viram e conversaram com anjos, parecendo loucas, alucinadas?).
Estavam tristes
por muitos motivos. Por isso não puderam suportar a pressão. A Bíblia diz que
“... a alegria do Senhor é a nossa força”. Crente triste é crente fraco! E,
quando estamos fracos, temos a tendência de nos isolarmos, de fugir, de virar a
mesa, de abandonar a carreira da fé.
Cuide-se, meu
irmão. Não se entristeça! Nem com as autoridades, nem com a ingratidão do povo
e, muito menos ainda, com sua igreja, pois todas as igrejas do mundo são
iguais: são formadas por seres humanos fracos e frágeis; valentes numa hora,
covardes noutra; maravilhosos num instante, desprezíveis noutro; inspiradores
em certas atitudes, desastrosos em outras.
É verdade que
nenhuma igreja pode viver em pecado alegando que “... toda igreja tem
problemas, que nenhuma é perfeita” e não fazer nada para mudar esta situação.
Se uma igreja admite isso (e a maioria admite) é porque está reconhecendo que
tem problemas. Logo, tem a obrigação de dar uma parada e fazer um conserto com
Deus, senão, certamente é falsa e hipócrita.
Por outro lado, no
entanto, nenhum crente tem o direito de ficar triste por causa dos problemas de
sua igreja, a ponto de abandoná-la. Deve, sim, orar, jejuar e promover a
santidade do seu grupo, com paciência e amor. Muito amor! Se, depois de agir
assim, sua igreja insistir em permanecer no pecado, então chegou a hora de
pedir a Deus licença para sair em busca de um outro lugar para adorar. Porém,
jamais ficar sem igreja.
4o Motivo:
Saudosismo – vs. 19
“És o único,
porventura, que, tendo estado em Jerusalém, ignora as ocorrências destes
últimos dias? Ele
lhes perguntou: Quais? E explicaram: O que aconteceu a Jesus,
o Nazareno, que era varão profeta, poderoso em obras e palavras”.
Jesus falou
diversas vezes que iria voltar para o Pai e que seus discípulos iriam fazer
obras maiores do que as que ele fez, mas, mesmo assim estes dois abandonaram a
Igreja, pois aquele “... que era varão profeta, poderoso em obras e
palavras...” havia morrido. Jesus já era. Estava morto. Suas obras pertenciam
ao passado.
O dicionário
define saudosismo como culto ao passado. Este é um dos principais motivos pelos
quais muitas abandonam suas igrejas: Eles vivem do passado. Ah! No tempo
daquele outro pastor, sim, a gente via o poder de Deus. Ah! Antigamente a
Igreja orava mais, buscava mais a presença de Deus. Ah! No tempo dos apóstolos
é que havia poder. Ah! No tempo de Jesus... E, assim vão caminhando e se
distanciando, sem entender que o poder de Deus está à disposição de todo aquele
que se santifica e que Deus se manifesta hoje em dia no meio do seu povo com a
mesma graça e misericórdia de outrora.
É interessante
observar que foi exatamente no momento do maior dos milagres de todos os
tempos, a ressurreição, que este dois pensavam que o poder de Deus havia
cessado.
Meu irmão, você
acha que sua Igreja anda sem poder? Cuidado! Pode ser que você esteja virando
as costas e esteja perdendo de ver as maravilhas de Deus. Mas, se for mesmo
verdade que sua igreja anda assim, meio sem poder, não a abandone nesta hora
difícil. Seja você aquele que vai iniciar um incêndio espiritual ali.
Dedique-se ao estudo da Palavra de Deus, à oração e ao jejum, às boas obras e
ao amor fraternal. Pague o preço. Não use isto como desculpa, pois, pode ser
que quem está frio e sem poder seja você mesmo.
5o Motivo: Perda da
esperança – vs. 20-21
“Ora, nós
esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo
isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam”.
Naquela época os
defuntos eram colocados em cavernas e não enterrados, como fazemos hoje em dia,
e a morte era oficialmente confirmada somente após três dias do sepultamento.
Tudo isso para evitar que alguém fosse enterrado vivo, pois não tinham como
diagnosticar os casos de morte aparente. Mas, depois de três dias, a morte era
decretada e acabava-se qualquer raio de esperança dos amigos e parentes.
Cleopas e seu amigo haviam depositado todas
as suas esperanças em Jesus, mas ele morreu. E, após três dias do seu
sepultamento, suas esperanças se foram.
Muitas pessoas
abandonam suas igrejas porque perderem a esperança. Toda igreja passa por
crises e nestas épocas, ao invés de procurar levantar o moral dos membros,
muitos se apresentam como profetas, “Profetas-Só-De-Coisas-Ruins”, sempre
anunciando que “há uma nuvem escura sobre a Igreja”, que Deus “está pesando a
mão”, que "há pecado na igreja", etc, etc e tal.
Desconhecem a
história da Igreja Cristã, que já passou por verdadeiras crises e superou cada
uma delas, pois “Maior é o que está em nós, que aquele que está no mundo”.
Esquecem que “... em Cristo, somos mais que vencedores”.
As coisas andam
feias em sua Igreja? Arregace as mangas e ajude aqueles poucos que ainda estão
lutando. Se você parar de reclamar, já está ajudando. Mas, se resolver colocar
a mão na massa, a coisa vai!
Mesmo que sua
Igreja já tenha morrido, Deus a pode ressuscitar, pois, no dicionário de Deus
não consta a palavra IMPOSSÍVEL.
A esperança é a
última que morre, mas, quando morre, mata o homem.
Cuide-se para não
perder a esperança! Olhe sua Igreja com olhos espirituais; procure ver o que
ela será, pela graça de Deus e não sua situação atual.
6o Motivo: Decepção
– vs. 21
“Ora, nós
esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo
isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam”.
Quantas vezes
Jesus afirmou que seu reino não é deste mundo? Ele deixou claro que não veio
para formar um exército, para ser o governador ou o rei de uma nação, para
criar uma dinastia ou qualquer destas coisas que os poderosos tanto apreciam.
Apesar disto, os apóstolos pensavam que Jesus iria ser coroado e enfrentar os
romanos e “redimir” (libertar) Israel.
Havia, é claro, um
interesse pessoal em cada um deles, para acreditar nisso. Como amigos íntimos
do Mestre, certamente eles seriam nomeados generais, ministros, secretários.
Imagine, um grupo de pescadores analfabetos nomeados para os altos escalões do
novo governo, o governo de Jesus. Fantástico, não é mesmo?
Mas, eles estavam
confusos. Jesus nunca disse isso, nunca lhes deu qualquer esperança neste
sentido.
Ora, a Bíblia diz
que quem crê em Jesus jamais será confundido. O quê aconteceu com os apóstolos,
para ficaram tão confusos?
Eles deixaram de
ouvir as palavras de Jesus e passaram a acreditar em suas próprias ambições e
devaneios.
Muitas pessoas
abandonam suas Igrejas quando se decepcionam com alguma coisa. Mas, como chegam
a este ponto?
Quando deixam de
ouvir as verdades de Deus para ouvir seus próprios corações. Quando enganam a
si mesmos, afirmando e acreditando que Deus lhes prometeu alguma coisa, quando,
no fundo, eles estão apenas tentando satisfazer suas ambições pessoais.
A Bíblia diz que
só há um mediador entre Deus e os homens, Jesus. Porém, infelizmente, muitos se
decepcionam porque deixam de procurar em Jesus as respostas para suas vidas e
vão atrás de certos “homens e mulheres de Deus”, mendigando oração e em busca
de “revelação”. Passam a dar ouvidos aos
profetas e profetizas de plantão. Passam a dar mais valor a sonhos, visões e
sinais, que à presença de Deus e seus ensinos.
Outros evangélicos
organizam suas vidas função de suas Igrejas e de seus líderes, de tal forma que
abandonam a família, os amigos, o estudo, o auto-desenvolvimento, o laser, etc.
Então, num belo dia, suas Igrejas e seus líderes traem sua confiança, e a
decepção vem à cavalo. Daí, não dá mais para segurar a barra. O único jeito de
enfrentar a realidade é... bem, é fugindo dela. Abandonando tudo.
Decepcionado? A
culpa é sua, se acreditou em suas próprias ambições e se organizou sua vida em
função de homens e Igrejas.
Jesus nunca
decepcionou alguém que tenha organizado sua vida em favor dele.
É hora de
reconhecer os erros, para não cair mais.
7o Motivo: Falta de
fé, descrença – vs. 22-25
“... mas, depois de
tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam. É verdade
também que algumas mulheres, das que conosco estavam, nos surpreenderam, tendo
ido de madrugada ao túmulo; e, não achando o corpo de Jesus, voltaram dizendo
terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive. De fato, alguns
dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as
mulheres; mas não o viram”.
Quase que dá para
ouvir o tom de desprezo deles em relação ao testemunho das mulheres, quando se
referiram a elas como "algumas mulheres".
Não eram apenas
algumas mulheres. Eram mulheres bem conhecidas do grupo. Mulheres respeitadas,
que tinham nome e sobrenome. Mulheres que apoiaram o ministério de Jesus todo o
tempo, não só financeiramente, mas, principalmente, com o serviço de suas
próprias vidas. Mas, nada disso tinha qualquer valor para Cleopas e seu
companheiro. Imediatamente, eles desqualificaram o testemunho delas, por serem
apenas mulheres.
Mas, sua descrença
não parou por aí. Descreram, também, do testemunho dos homens (De fato, alguns
dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as
mulheres; mas não o viram). À primeira vista parece que o testemunho dos homens
os deixou propensos a crer, mas, não! Se
tivessem crido no testemunho daqueles verdadeiros servos de Deus, JAMAIS TERIAM
IDO EMBORA para Emaús.
Descreram da
própria ressurreição, apesar dela ter sido apregoada por Jesus.
Em resumo,
descreram das mulheres, dos homens e do poder de Deus. Não é à toa que a
repreensão de Jesus foi tão severa.
Um dos motivos que
levam as pessoas a abandonar suas igrejas é quando elas passam a agir de modo
semelhante.
É verdade que nas
igrejas têm muita gente exagerada, doidas para dar um “tremendo testemunho”,
tentando impressionar, para conquistar o respeito do grupo.
Por outro lado, no
entanto, há os casos verdadeiros. Testemunhos verídicos, comedidos, isentos de
exageros. Pessoas que, de fato, têm experimentando uma dose maior da graça de
Deus.
Como diferenciar o
falso do verdadeiro? A Bíblia nos ensina a agir com prudência, sobriedade e
discernimento.
Alguém certa vez
disse: Para quem quer crer, nenhuma prova é preciso; para quem não quer crer,
nenhuma prova basta.
Seja crente, de
verdade. Seja sábio e prudente, mas crente.
Jamais acredite em tudo; jamais duvide de tudo.
Por ser que, neste
ponto desta mensagem, você já tenha compreendido porque abandonou sua ou porque
está pensando em fazê-lo. A pergunta que vem a seguir é natural: E agora, como
voltar? Como sentir de novo a mesma alegria que eu sentia no início?
Eu estaria
mentindo, se lhe dissesse que é fácil voltar ou recuperar a alegria do primeiro
amor. Não é nada fácil; mas não é impossível. Vou fazer uma lista dos eventos
que motivaram aqueles dois a voltar correndo para Jerusalém:
a) Jesus foi atrás
deles;
b) Jesus ouviu
suas queixas;
c) Jesus falou aos
seus corações:
“E, começando
por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu
respeito constava em todas as Escrituras”, de tal modo que seus “corações
ardiam”;
d) Eles convidaram
Jesus a entrar em sua casa;
e) Jesus restaurou
a comunhão (no partir do pão);
f) Jesus abriu
seus olhos (tirou a cegueira espiritual);
g) Eles voltaram
correndo para Jerusalém.
Note que, dos sete
eventos que os culminaram na volta deles, somente dois foram de iniciativa
humana; quanto aos demais, foram de iniciativa e Jesus.
Em outras
palavras: Se Deus não tiver misericórdia de sua vida, você jamais conseguirá
voltar à sua igreja ou jamais conseguirá voltar a sentir a mesma alegria do
início.
Meu conselho é que
você dobre seu joelho e clame em alta voz:
Jesus, por favor,
venha me buscar!
E, quando algum
irmão ou pastor o procurar e lhe convidar para ir a um culto, vá! E, se o seu
coração começar a arder, ao ouvir a Palavra de Deus, convide Jesus a entrar em
seu coração e ficar com você nesta “noite fria” que se instalou em seu
espírito.
Aceite o perdão de
Deus (coma do pão que Jesus lhe der) e...
VOLTE PARA SUA
IGREJA.
Se não for
possível nem recomendável voltar para sua igreja, peça a Deus para lhe mostrar
seu novo
lugar de adoração.
Não seja LOUCO E
DURO DE CORAÇÃO!
Seja crente!
Crê somente!
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