O casamento foi instituído por Deus
O CASAMENTO NO ANTIGO TESTAMENTO
1. A
natureza do casamento. O casamento foi instituído por Deus com o objetivo de
proporcionar felicidade ao homem e a mulher. Deus criou o homem à Sua imagem e
semelhança, macho e fêmea, e também instituiu o casamento. São estas as
palavras ditas pelo Eterno: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua
mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.24). Nesse texto encontramos
três princípios que norteiam o casamento: (a). Heterossexual - um homem
unindo-se à sua mulher; Não há, em termos bíblicos, legitimidade para a relação
homossexual, ela está em desordem com o propósito de Deus; (b). Monogâmico - o
homem deve deixar pai e mãe para unir-se à sua mulher; não há legitimidade à
prática da poligamia ou da poliandria; (c). Monossomático - os dois tornam-se
uma só carne; é no casamento que se pode desfrutar da relação sexual com
alegria, santidade e fidelidade. Não há outra ‘receita’ para um casamento
feliz, esses princípios estabelecidos por Deus, se aplicados, fará do
matrimônio a base da sociedade. Curiosamente, a poligamia não era comum nos
tempos bíblicos, embora fosse permitido o casamento com mais de uma mulher ao
mesmo tempo, como quando Jacó
casou-se com Lia e Raquel e teve relações sexuais
com as servas delas. Uma razão era que o marido tinha de ser muito rico para
sustentar mais de uma mulher. A realeza era mais tendenciosa à poligamia; Davi
tinha várias, inclusive Mical, Abigail e Bate Seba, e Salomão teve um número
ainda maior durante o período mais próspero do seu reinado. Levítico 21.13,14 proíbe
o sumo sacerdote de ter várias esposas, também há outros vultos importantes do
Antigo Testamento que foram monógamas: Noé, José [1].
2.
Casamentos proibidos. Os casamentos eram arranjados, se possível dentro da
mesma família (Gn 24.3,4), as vezes acontecia com membros de outros clãs (Gn
41.45; Rt 1.4), geralmente por razões políticas (1Rs 11.1; 16.1,3), mas nunca
era aprovado por motivos religiosos que sempre contaminavam todo o povo (1Rs
11.4). Temos registros de proibição de casamentos com membros familiares muito
próximos em Levíticos 18.6-18. Israel estava proibido de entrar em qualquer
tipo de sociedade com as nações da terra – sete estados pequenos, juntos eram
mais populosos e poderosos do que Israel (Dt 7.1). Havia razões para essa
proibição: as esposas pagãs acabariam levando o povo de Deus à idolatria, fato
tristemente observado na vida de Salomão, justo o homem mais rico e sábio,
através de suas muitas esposas, tornou-se seguidor de Astarote, a deus Cananéia
da fertilidade cujo culto envolvia ritos sexuais e astrologia. Também seguiu a
Milcom e Moloque, cujos cultos envolvia sacrifícios humanos, particularmente de
crianças (veja 1Rs 11.1-7). Não basta sabedoria, mesmo que sobrenaturalmente
concedida, devemos, acima de tudo, ser obedientes!
II.
O CASAMENTO MISTO NO TEMPO DE NEEMIAS
1. A
constatação do erro. Deus havia ordenado a extinção das nações pagãs que
ocupavam a terra de Canaã quando Israel conquistou seus limites – “Deuteronômio
7.2 usa um verbo derivado do termo hebraico herem – ‘Totalmente destruirás’.
Tal ação pode nos parecer impiedosa, mas Deus certamente agiu soberanamente e
visou prevenir Israel de pôr em risco o seu relacionamento de aliança com o
Eterno” [2]. Israel era uma nação santa, separada para um relacionamento com Deus.
Essa escolha recai na soberania divina e sua essência permanece um mistério. O
sucesso desse relacionamento baseava-se na conservação dessa aliança que por
sua vez, dependia da separação total daqueles povos pagãos. Não obstante isso,
o povo que regressou com Neemias, mesmo depois daquele reavivamento,
arrependimento e concerto com Deus, voltou a incorrer no mesmo erro que
Salomão: “Vi também, naqueles dias, judeus que tinham casado com mulheres
asdoditas, amonitas e moabitas” (Ne 13.23).
2.
As consequências do casamento misto. “Na época de Neemias, era necessário que o
pecado fosse claramente identificado e que o povo de Deus fosse mantido
rigorosamente separado da influência das nações pagãs daquela época.

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